Um dos grandes males que atingem a sociedade mundial ainda não foi totalmente expelido da face da Terra, que se chama preconceito. Em suas mais variadas vertentes, seja social, racial, religioso, econômico, cultural ou em relação à opção sexual de cada um, esta lamentável prática ainda causa danos a uma sociedade que se diz "civilizada".
Especificando este post, é necessário aprofundar-se no preconceito religioso, lembrando que a diversidade de culto e a liberdade de expressão religiosa são direitos garantidos pela Constituição Federal, como lembra Priscila Formigheri Feldens em seu artigo Preconceito Religioso: um desafio à liberdade religiosa, inclusive expressiva (2008, p. 5):
"No artigo 5º, inciso VI, da atual Carta Magna, declara-se ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, proteção aos locais de culto e suas liturgias”. Tal artigo mostra-se de alta relevância e foi um dos modos de consagração dentro da Constituição Brasileira do respeito aos valores individuais de cada cidadão."
Um dos grandes estereótipos que se conferem aos cristãos, principalmente aos evangélicos/protestantes, é a alcunha de crentes, como algo pejorativo. Na realidade, uma pessoa crente é aquela que crê em alguma coisa, que acredita em algo - nesse caso, em Deus - não especificamente a pessoa que frequenta alguma igreja de denominação protestante.
Parecendo desconsiderar este aspecto, na tarde da última quinta, dia 09 de dezembro, a tag #coisadecrente atingiu o topo dos Trending Topics Brasil, sendo um dos assuntos mais falados no microblog Twitter. Muitas dessas mensagens continham afirmações preconceituosas e estereotipadas a respeito dos protestantes, fazendo brincadeiras com nomes de bandas evangélicas, como a Diante do Trono, e cometendo outras gafes.
Outras pessoas, evangélicas ou não, atribuem aspectos positivos para completar a insinuação, a fim de responder aos preconceituosos, e há alguns comentários sobre a injúria enraizada nessa tag.
Esse caso relembra outro episódio de preconceito ocorrido após as eleições presidenciais do ano de 2010, em que vários perfis no Twitter começam a postar ofensas contra os nordestinos, por conta de expressiva votação da presidente eleita Dilma Rousseff na região. Resultado: uma usuária foi processada na Justiça por conta das injúrias proferidas.
Já bem dizia Albert Einstein: "é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito". É necessário, portanto, se utilizar da comunicação para disseminar o respeito e a igualdade entre as pessoas, e não o contrário. Para encerrar, aqui está um vídeo do programa Via Legal, exibido na TV Cultura em 2009, discutindo sobre preconceito religioso.
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