segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

RPensando o ano que vai chegar...

Por Maíra Masiero

O ano de 2013 se encerra e o campo da comunicação, como sempre, auxilia no desenvolvimento de ações, projetos e tecnologias (pequenas ou grandes, para o cotidiano ou eventos especiais) que caracterizaram muitos dos 365 dias do ano em todo o mundo. E, por mais um ano, o RPitacos esteve por dentro de tudo e repercutindo os aspectos mais importantes, sob a ótica da comunicação.

É sempre bom relembrar que esse singelo blog RPitacos surgiu em 04 de junho de 2010 - portanto, há três anos e meio -, como um projeto de exercício de leitura, de escrita e, principalmente, do descondicionamento do olhar em relação a cada acontecimento ou contexto existente no mundo. Mas o trabalho foi além do planejado: elogios, postagens e críticas começaram a surgir com mais frequência, assim como muitos amigos contribuíram para que o RPitacos crescesse a cada novo post.

O que cresceu também nesse ano, no que diz respeito à comunicação, foi a importância das redes sociais nos aspectos positivos (ações de solidariedade e de luta pelos direitos dos brasileiros, como se viu em Santa Maria - o caso da boate Kiss - e em todo o Brasil, pelas manifestações ocorridas em junho) e negativos (marcação de combates entre torcidas organizadas e de arrastões juvenis em shoppings).

Mas 2013 também foi um ano em que as "pegadinhas" saíram dos programas de auditório e passaram para os portais da Internet, como se fossem verdadeiras. Desde o falso aplicativo Tubby até o enterro do carro de Chiquinho Scarpa - para mobilizar o público à doação de órgãos -, a plantação de notícias gerou frutos acima do esperado. Diz um ditado que uma mentira vira verdade quando ela é contada várias vezes; no mundo digital, o "contar" vira "compartilhar" e o efeito é mais imediato.

Seriam tantos assuntos a serem acrescentados numa retrospectiva comunicacional; porém, esse não é o foco de hoje. Como este é o último dia totalmente útil do ano (já que amanhã, dia 31, muitos já estarão viajando ou acabam seus expedientes mais cedo), é interessante parar e pensar (ou RPensar) o que fazer para ter um 2014 melhor, seja pessoal ou profissionalmente, e para distribuir um ano diferente para todos aqueles que estão em volta de cada um.

Para representar o que deveria ser desejado por todos, a seguir, está uma propaganda feita para angariar doações para uma entidade do Reino Unido. Essa produção alerta para um cenário importante: existem pessoas necessitadas de ajuda o ano inteiro, e não somente na época de final de ano, em que o espírito altruísta está mais presente (seja pelo lado pessoal, organizacional ou para se realizar uma jogada de marketing).



Que o ano de 2014 traga boas notícias e maiores oportunidades ao ramo da Comunicação, e que todas essas ações sejam pautadas pela ética, criatividade e pelo objetivo primaz dessa área: tornar comum algo para o maior número de pessoas possível. E esse humilde blog quer completar, a cada dia do ano que virá, essa missão tão simples e complexa.

Feliz Ano Novo!

RPitacos - Desde 2010 RPensando o mundo!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal do RPitacos

Por Manoel Marcondes Neto

Em 2013, o meu melhor presente foi a realização de um sonho acalentado há muitos anos, o de criação de uma sociedade com pessoas de que gosto - e que admiro - para criar, junto e misturado, aquilo que os 'slogans' atuais chamam, à exaustão, de "inovação" - embora "andar para a frente e para o alto" seja o que move as pessoas de bem - e do bem - desde sempre, muito antes de inventarmos... 'slogans'... Que o Observatório da Comunicação Institucional - OCI - seja motivo de muitas alegrias profissionais e pessoais em 2014 - ano "100", no Brasil, de nossa - bela e querida - escolha de formação: as Relações Públicas! Boas Festas e até o Ano Novo!


P.s.: O RPitacos aproveita a deixa e também deseja aos seus leitores um Feliz Natal, com muita paz, saúde e alegrias! Mas o blog não entra de férias não, sempre haverá postagens novas ainda durante essa semana e em todo o ano de 2014!

Maíra Masiero
Editora do Blog

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Propaganda Institucional à serviço da empresa

Por Ewerton Luis Faverzani Figueiredo*

Propaganda Institucional é comumente definida como a propaganda de reforço da imagem das empresas ou instituições. É utilizada largamente como forma de controle da opinião pública dentro dos governos, religiões e demais instituições públicas e privadas. Cada vez mais se assume a necessidade de apresentar uma imagem favorável, na sociedade que nos cerca, acerca das organizações que nos representam.

As igrejas evangélicas, por exemplo, fizeram da propaganda doutrinária, que é uma subdivisão da propaganda institucional, a base de seu crescimento no país e no mundo. As outras religiões e entidades utilizaram dos mesmos métodos tentando fazer de suas “marcas” serem as mais lembradas por seus consumidores. Esta tentativa de fidelização faz com que os investimentos em propaganda institucional tenham um crescimento de grande importância no mercado atual.

A grande oferta de produtos e a preocupação dos consumidores em buscar qualidade e preços baixos causam uma disputa de mercado que se assemelha a uma batalha por oferta e procura constante e latente. As empresas não querem perder seus clientes e estes procuram bem estar acima de tudo nos produtos que desejam adquirir para o consumo. Assim, quem lhes oferecer tais benefícios, terá sua fidelidade momentânea, de certa forma, até que outra empresa atinja os critérios deste cliente, que ofusque a criatividade obsoleta da concorrente que terá que criar novos meios para atrair novamente este cliente, de forma que este consuma o seu produto novamente. 

Portanto, as empresas entendem que o cliente é o centro de todo o processo, que este se encontra cada vez mais exigente e informado sobre todas as novidades do momento. E é para que o consumidor deixe de procurar que se criam estratégias para atrai-lo e mantê-lo por perto pelo máximo tempo possível. É melhor comprar de lojas que ofereçam brindes, agrados, amostras grátis, experimentando produtos e percebendo as qualidades dos mesmos para que sua aquisição seja completa e as vendas atinjam o objetivo colimado que é a fidelização e o lucro. 

Qualquer diferencial é importante para fazer o cliente se sentir especial e, assim, vai, aos poucos, sendo conquistado e sendo levado a frequentar o estabelecimento comercial mais e mais vezes, consumindo ou mesmo apenas cumprimentando o “amigo vendedor”, que necessita estar sempre disponível e simpático, já que lida com o público e o cliente é o seu maior bem e meio de sobrevivência (sustento); por isso, precisa ter toda a atenção necessária a esta pessoa para que faça parte do ambiente da loja e dos produtos. Anotar os principais dados do cliente como data de aniversário, telefone e e-mail são fundamentais para manter o cliente fidelizado ao vendedor assim como seus produtos preferidos para ligar no dia de seu aniversário ou mesmo avisar quando determinado produto de sua preferência chegou na loja e as condições (facilidades) de compra.

Se a empresa, além de oferecer brindes aos consumidores estiver ligada a alguma instituição filantrópica ou desenvolvendo atividade de responsabilidade social junto a comunidade de seu entorno poderá ter sua imagem projetada de forma mais agradável e positiva na mente do consumidor fiel e potencial porque cria um sentimento de cuidado com as pessoas que necessitam de solidariedade e ajuda e isso faz a diferença para qualquer instituição globalizada. Conquistar o coração do cliente significa um significativo aumento nas vendas finais de seus produtos e retorno para investimentos e ampliações de seus negócios. 

De certa forma, todos saem ganhando porque a empresa apresenta rendimentos como qualquer organização comercial competitiva, a comunidade ganha em benefícios proporcionados pela instituição que a adotou como responsável pelo seu bem-estar e o consumidor de seus produtos terá a consciência de que comprando seus bens estará ajudando pessoas carentes a terem uma vida com mais qualidade.

No caso da política, da religião, das causas, crenças, corporações, grupos, marcas e entidades a propaganda institucional age praticamente desenvolvendo estratégias similares por meios, formas e mecanismos diferentes, mas com fins específicos. Pode-se afirmar que pelo menos um terço de toda a propaganda veiculada entre os veículos de comunicação é institucional e isso mostra que cada vez mais existe a preocupação com a projeção de uma imagem corporativa forte e ascendente perante a opinião pública. Este tipo de apelo tenta influir sobre o comportamento das pessoas através da criação, mudança ou mesmo reforço das atitudes mentais dos consumidores ativos e potenciais. De acordo com estas definições entende-se que a propaganda institucional não tem a intenção direta de vender, mas de criar uma ideologia em torno de uma marca, um produto e toda a empresa junto a seus funcionários que a torna única entre suas concorrentes. Portanto, ela predispõe à compra ou à aceitação de uma ideia, ou seja, induz, não oferecendo o produto diretamente.

O termo propaganda aplica-se à divulgação de mensagens em veículos de comunicação de massa com assinatura ou identificação do patrocinador. Dessa forma, a propaganda institucional consiste na divulgação de mensagens pagas e assinadas pelo patrocinador em veículos de comunicação de massa com o objetivo de criar, mudar ou reforçar atitudes mentais tornando-as favoráveis à instituição patrocinadora.

A propaganda institucional (PI) diferencia-se da propaganda de marketing por ser mais seletiva e dirigida às pessoas com preocupações e expectativas que vão além do plano imediato. No que se refere ao conteúdo, a propaganda institucional deve ser mais informativa, pois seu público é mais exigente.

Quando bem utilizada, ela (PI) é um fator valioso de correção ou reforço de uma imagem pela alavancagem que proporciona. Mas a imagem é criada ou influenciada por outros fatores de igual ou maior peso e depende de como somos percebidos pelo mercado e pelo ambiente em que operamos. Empresas com objetivos estratégicos bem definidos que trabalham com a sociedade e que mostram que têm consciência pública são normalmente benquistas pela população que a cerca.

De acordo com pesquisas recentes pode-se afirmar que a imagem das empresas privadas é mais bem trabalhada do que a maioria das estatais, isto acontece porque a qualidade gerencial daquelas empresas se reflete diretamente na sua imagem e isto requer altos investimentos corporativos ao que só as mesmas requerem. O público não se deixa enganar e expressa sua opinião com um conhecimento de causa surpreendente já que o uso constante das redes sociais de comunicação é uma realidade presente no trabalho de análise de redes realizado pelas organizações mais preocupadas em manter uma imagem forte e positiva no mercado.

Por conseguinte, para que uma empresa possa ter uma boa imagem pública ela deve ser privada, ofertar produtos e serviços altamente competitivos e ter um controle de gestão empresarial constante e de qualidade internacional.

Assim, o que praticamente todas as empresas desejam senão todas é serem lembradas pelas pessoas. O reconhecimento público é o principal objetivo de quem está no mercado. Todas as organizações desejam que não só sua marca esteja na mente das pessoas, mas que ela reflita a melhor opção de compra. Existe uma qualidade muito intensa e opções no mercado e estar em primeiro lugar na lembrança dos consumidores reflete benefícios imediatos seja para a marca ou instituição.

A propaganda é em sua essência um instrumento de persuasão. E só nos deixamos manipular por alguém em quem acreditamos. Por isso, a propaganda não deve ser apenas verdadeira, ela deve ser também verossímil. O impacto causado pela propaganda é impossível de se obter por outros meios. Naturalmente podem-se atingir milhares de consumidores através de uma mala direta. Mas se você quer causar comoção e valorizar a mensagem.

*Ewerton Luis Faverzani Figueiredo é formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atua como profissional da área na Universidade Federal do Acre (UFAC). Conrerp RS/SC Nº 3270. E-mail: ewerton.rp@gmail.com

E você, quer escrever também um post para o RPitacos? Faça como o Ewerton: se você tem um texto interessante, uma reflexão, provocação ou análise de algo pertinente à comunicação, é só mandar para o e-mail do blog: rpitacos@yahoo.com.br
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Linguagem e intertextualidade - A 39ª rodada do Campeonato Brasileiro no STJD

Por Maíra Masiero

Talvez não seja novidade o fato de nenhum texto ser completamente "puro", inédito, mas que sempre tem alguma influência vinda de outros textos e tipos de discurso, e isso causa um fenômeno bem conhecido na parte linguística como intertextualidade. Mas o que isso significa? O autor Anselmo Peres Alós, no artigo Texto literário, texto cultural, intertextualidade (2006, p. 14), expõe um dos conceitos do que se chama de intertextualidade:

"(...) a intertextualidade fica sendo definida, de acordo com as reflexões de Kristeva, como o processo de interação e intercâmbio semiótico de um texto primeiro com outro texto, ou outros textos, particularmente com o texto cultural, o texto histórico e o texto social, (na medida em que os três se interseccionam sem, no entanto, serem redutíveis um ao(s) outro(s))."

Um exemplo de intertextualidade entre dois discursos é quando acontece um fato de grande repercussão, acarretando, quase que instantaneamente, numa infinidade de frases criativas e de conteúdos repletos de referências entre o caso em questão com outros tipos - antigos e novos - de discursos.

Para contextualizar essas questões, um dos assuntos mais falados na última semana foi a 39ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol. Não é um erro de cálculo de rodadas, mas esta foi realizada num campo bem diferente, sem grama e com mais juízes e auditores: o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na última segunda-feira, foram julgados casos de escalação de jogadores irregulares, cometidos durante a 38ª rodada da competição (a última no campo de jogo). A Portuguesa e o Flamengo perderam 4 pontos cada, pagarão multa de R$ 1.000,00, e o time paulista irá disputar a Série B do campeonato, no lugar do Fluminense.



Se o resultado do julgamento foi ou não correto, não é o foco neste momento. O que se pode observar é a ativação imediata (e, algumas vezes, inconsciente) de recursos de intertextualidade já no decorrer do julgamento, comparando a sessão a um jogo de futebol, como nos exemplos abaixo:

"@henriquewicz - Bomba! Advogado do Fluminense acaba de ser eleito o craque do Brasileirão.
@matsbarbosa Brasileirão teve a 39ª rodada mas só quem jogou foi o Fluminense ganhou e permaneceu na SA.
@gui_pinheiro Delegação do Fluminense no momento faz o reconhecimento do TAPETE do tribunal.
@lais56 39° do Brasileirão: Fluminense 5 x 0 Portuguesa *Na 39ª rodada a vitória vale 4 pontos."

Outros fatores também foram relacionados, nas mídias sociais, com o discurso e o conceito do julgamento do STJD, como a eliminação do candidato Dom Paulinho Lima no programa The Voice Brasil, fator destacado pelo crítico de televisão Maurício Stycer em sua conta no Twitter. Após a postagem, o cantor respondeu simpaticamente a declaração, também se utilizando de intertextualidade, misturando os campos jurídico, esportivo e musical: "@mauriciostycer valeu pelo carinho meu velho!! Mas não é caso pra isso não, perdi "em campo" e o @TocaLulu é sério e tem que ser respeitado."

Para encerrar este post e provar que a intertextualidade não é fixa num fragmento de tempo ou espaço, foi produzido um vídeo com base nos "10 mandamentos do rei do camarote", reportagem publicada na revista Veja SP (que já foi discutido neste blog e que já é também uma intertextualidade com os 10 Mandamentos descritos nas Sagradas Escrituras), nomeando o Fluminense como "rei do tapetão", por conta do histórico de vários processos no STJD para reverter resultados obtidos dentro das quatro linhas do estádio.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Marketing esportivo e visão de oportunidade - A semana histórica da Ponte Preta

Por Maíra Masiero

Falar de marketing esportivo nos dias atuais é mais do que apenas pensar nas vendas de produtos relacionados à prática esportiva, nas marcas que vão patrocinar um time (ou evento) numa competição e no gerenciamento dos prêmios em dinheiro: o pensamento se expandiu para uma mercantilização dos eventos, jogadores e clubes, balanceando a busca de recursos financeiros com políticas de relacionamento e engajamento entre torcedores e agremiações, principalmente nas mídias sociais, como mostra Fabio Augusto Kadow, na tese Marketing Esportivo 2.0: o relacionamento entre fãs, ídolos, clubes e marcas nas redes sociais (2011, p. 14):

"O fortalecimento desse relacionamento implica agora criar um mundo próprio com essas ferramentas que não existiam, estamos no ciberespaço. A inovação tecnológica potencializa a experiência, simuladores e jogos esportivos estão (e sempre estiveram) entre os preferidos no mundo todo, justamente por levar a uma condição de ídolo, o espelho do superatleta. É possível fazer parte do jogo, e não apenas ser um espectador. Ocorre, como já registrado, a quebra das barreiras do tempo e espaço. 
Com o advento das mídias sociais, agora, os fãs, que antigamente lutavam por uma simples foto, podem até falar com os personagens dos jogos, saber mais da vida pessoal dos ídolos, ou o que ocorre nos bastidores do time do coração. E com tal exposição, todos os integrantes, dos atletas aos donos dos clubes, estão sendo vigiados e devem se preocupar principalmente com atitudes e comportamentos. O que acontece fora das quatro linhas dos campos, dos espaços em que são disputadas as mais diferentes modalidades, acaba ganhando tanto peso quanto o resultado obtido pelos atletas nas competições."

Além desses fatores, a construção de uma imagem mais sólida de um clube ou jogador pode ser alavancada pelas mídias sociais (e também nas plataformas off-line) por meio de uma visão de oportunidade, que poderia ter sido, ou não, planejada.

É o caso da Ponte Preta, time de futebol de Campinas/SP que sempre se destacava no Campeonato Paulista, porém não conseguia grandes resultados a nível nacional e internacional, até que, em 2012, conseguiu se classificar para a Copa Sul Americana do ano seguinte (a primeira competição internacional oficial do time), graças ao 14º lugar conquistado no Campeonato Brasileiro, e isso já era motivo de alegria para os torcedores e para o time, pois haveria uma exposição um pouco maior na mídia e vários patrocinadores poderiam surgir.

A partir do momento em que o time foi avançando na competição, o que era considerado impossível passou a se tornar real: em seu primeiro torneio oficial no exterior, o time campineiro estaria perto de conquistar o seu primeiro título em 113 anos de história, superando adversários tradicionalmente superiores, como o brasileiro São Paulo e o argentino Vélez Sarsfield, ambos já campeões da Copa Libertadores.

Com isso, volta-se o olhar para como o time irá se aproveitar destes resultados inéditos (e, até alguns meses atrás, impossíveis) e de sua repercussão nacional e internacional para alavancar a sua imagem perante o público e fidelizar os seus torcedores.

Um dos grandes pilares para isso é a ativação das mídias sociais: por exemplo, a fanpage oficial da Ponte Preta no Facebook já ultrapassou a marca de 71 mil curtidas, um número expressivo para um time interiorano. A página contém um espaço destinado a promoções e faz a descrição real time dos jogos do time, além de destacar as principais notícias referentes ao clube, tanto advindas de sites externos, quanto postagens exclusivas da página, como um vídeo de incentivo de Diogo Silva, atleta olímpico do taekwondo e medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de 2007 no Rio de Janeiro, aos atletas para a final da Copa Sul Americana.

Já o canal oficial da Ponte no Youtube possui mais de 550 vídeos, que mostram bastidores do time, melhores momentos dos jogos, boletins semanais de notícias, depoimentos de torcedores (quadro Planeta Macacada) e de funcionários do clube (Raio X Pontepretano), além de alguns vídeos referentes a outros esportes incentivados pela Ponte e de teasers abordando os jogos que acontecerão, como o vídeo a seguir, que exalta a segunda partida da final da Copa Sul Americana contra o Lanús, na Argentina, no dia 11 de dezembro.



Mesmo não conseguindo o título da competição, a Ponte Preta conseguiu alavancar sua imagem em nível nacional e internacional e só o tempo dirá se este fôlego irá perdurar durante o ano de 2014, mesmo com o time rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nota sobre o "site" Doutrina RP

Por Manoel Marcondes Neto



Toda profissão regulamentada fundamenta-se em uma Doutrina, cujo primeiro ato formal é a própria Lei de criação da profissão, e o segundo, a criação do Sistema de Conselhos Profissionais organizado em Regiões, pelo país todo. As relações públicas foram estabelecidas no Brasil em 1914, na Light. A primeira empresa brasileira a criar um serviço foi a CSN, em 1951. O primeiro curso, de especialização, deu-se na Fundação Getulio Vargas, em 1953. Em 1954 foi criada a Associação Brasileira de Relações Públicas - germe do futuro Sistema Conferp-Conrerp, de 1969. A profissão foi criada pela Lei 5.377, de 1967, mesmo ano da criação do primeiro curso de bacharelado, na USP.

Para mais informações, acesse:

http://wwwrrpp.wix.com/doutrina-rp

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Metamorfose das Relações Públicas

Por Ewerton Luis Faverzani Figueiredo*

Percebe-se que a área de Relações Públicas, atualmente, vem sofrendo significativas transformações no desempenho de suas atividades no mundo do trabalho. Isto se justifica pela crescente demanda que as empresas creditam aos profissionais, dotando-os de maior autonomia junto a cargos diretivos para a tomada de decisões com o grupo que dirige a organização.

Este fator torna-se importante para, de certa forma, distanciar a profissão de Relações Públicas da área que a originou - o jornalismo - o qual a adaptou a uma série de disciplinas acadêmicas que hoje não condizem com a exigência que o mercado procura no profissional de relações-públicas, para trabalhar as estratégias de comunicação organizacional integrada em uma instituição de nome internacional.

Assim, as Relações Públicas, denominada no passado como uma das habilitações da Comunicação Social nos cursos de formação superior, em universidades públicas e privadas brasileiras (e até estrangeiras), deixa a desejar quanto a matérias que, antes, pareciam fundamentais para sua base de estudos e práticas de aplicações no campo profissional, de pesquisa e extensão.

A Procura de Respostas para Uma Nova Forma de Atuação Acadêmica e Profissional

O que se procura aqui é encontrar um meio termo para o significado do que a demanda de hoje procura, exatamente, que o relações-públicas faça como diferencial competitivo para somar pontos comerciais de produtividade para uma empresa, e não o fato de apenas criar imagem positiva e boa vontade perante a opinião pública.

Nesse sentido, sai o profissional da comunicação e entra o profissional administrativo, corporativo, preocupado em criar estratégias viáveis para a geração de renda e a partir dela, a melhor forma de aplicá-la para ampliar os negócios e criar network permanente entre empresa X cliente.

Nesse jogo, está envolvido não só o processo de comunicação, que aqui fica com aspecto de coadjuvante, mas, processos ainda maiores e mais importantes para a profissão de Relações Públicas, como as várias modalidades de marketing. Entre eles, estão: o digital e o marketing mix, a memória institucional através de estratégias de comunicação de marketing, o uso das redes sociais de comunicação, a realidade virtual aumentada a partir de estratégias de ações de marketing para palmtops, iphones e smartphones e etc.

Trabalhar a comunicação administrativa, utilizar conteúdos corporativos, infográficos e dados econômicos e estatísticos para projetar planos de Relações Públicas e diagnosticar problemas a serem resolvidos na organização são uma das tarefas do profissional de hoje, antenado ao que acontece a todo o momento. 

Ter amplo conhecimento de idiomas, Geografia, Estatística, Administração e suas teorias, assim como Relações Humanas e Direito do Consumidor, são uma das exigências que a profissão está pedindo. As práticas de Relações Públicas Internacionais torna-se outro fator imprescindível à profissão, que é tão pouco comentado entre os profissionais e que exige maior atenção.

No que se percebe, a profissão está cada vez ficando mais distante da área de Comunicação Social e tende a se aproximar de áreas como Administração, Marketing, Economia, Estatística, e conteúdos transdisciplinares como Geografia, Memória, Informática, línguas estrangeiras e etc.

A grande interrogação que se deixa aqui é saber: como a área se adaptará a este novo rumo que está se direcionando, já que mudanças internas, externas e exigências mercadológicas permitem que a profissão modifique e se adapte ao novo momento que sofre esta transformação - ou diria metamorfose?

*Ewerton Luis Faverzani Figueiredo é formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atua como profissional da área na Universidade Federal do Acre (UFAC). Conrerp RS/SC Nº 3270. E-mail: ewerton.rp@gmail.com

E você, quer escrever também um post para o RPitacos? Faça como o Ewerton: se você tem um texto interessante, uma reflexão, provocação ou análise de algo pertinente à comunicação, é só mandar para o e-mail do blog
É importante ressaltar que os textos passarão por uma avaliação dos membros do blog, antes de serem ou não aprovados, e serão publicados de acordo com a periodicidade do RPitacos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

RPrestigiando - Alunos da FAAT realizam maior evento de Relações Públicas da região

Por Maíra Masiero

Atendendo ao pedido da Comissão Organizadora do 8º Encontro de Conhecimento de Relações Públicas (FAAT Faculdades), divulgamos mais um release deste evento, e todos os dados disponibilizados são de responsabilidade de seus autores. Lembramos que este blog não possui nenhum vínculo de organização com o evento apresentado.

Nos dias 29 e 30 de novembro, a Agência Experimental de Relações Públicas da FAAT Faculdades – InovaRP – recebeu no Campus D. Pedro, estudantes e profissionais renomados da área da Comunicação para tratar do potencial estratégico da profissão de Relações Públicas.

O Encontro, realizado anualmente pelos alunos do curso de Relações Públicas da FAAT, contou, em sua 8ª edição, com a presença da Relações Públicas Maura Padula para a abertura do evento, em 29 de novembro. As Oficinas foram ministradas no sábado, 30 de novembro, pelos profissionais: Carolina Terra; Maria Aparecida Ferrari; Marcos Tonin; Kalil Blanco e Elaine Lina de Oliveira.

O Encorp – Encontro de Conhecimento de Relações Públicas – é um evento realizado desde 2006, com objetivo de promover a profissão entre acadêmicos e empresários da região, ampliar a visão e aproximar os estudantes de profissionais de destaque, além de contribuir para a discussão de temas atuais e fundamentais sobre o mercado da comunicação.

Para a Coordenadora do curso, Leni Pontinha: “O Encorp traz para os alunos o que existe de novo na área para que ele vá ampliando e agregando o seu conhecimento sobre a atuação do profissional, além de oportunizar o relacionamento deles com ícones da nossa área profissional e acadêmica.” Ainda segundo a Coordenadora, o evento é de grande importância também para os empresários, já que é a oportunidade de conhecerem uma área imprescindível para a comunicação de uma empresa com seus públicos de interesse.

Segundo a Orientadora da 8ª edição, Juliana Araújo: “A oportunidade de realizar na prática o que se aprende em sala de aula com certeza representa um grande diferencial no desenvolvimento profissional dos universitários”. A Professora conta que os alunos passaram por todas as etapas de mercado para o desenvolvimento de um evento, desde a escolha do tema, convite dos palestrantes, criação e divulgação da identidade visual, até a busca por patrocínios e realização do Encontro.

Para Fábio Pereira, um dos integrantes do grupo organizador do evento: “O Encorp é um evento muito tradicional na região, a responsabilidade de organizá-lo é tão grande quanto a dimensão do evento em si.” O aluno relata ainda a experiência de atuar como mestre de cerimônia na abertura do Encontro: “É a segunda vez que tenho a oportunidade de compor a equipe organizadora e também pela segunda vez tenho a honra ser o mestre de cerimônia. Sinto-me realizado e privilegiado por ter trabalhar ao lado dos mais promissores profissionais de comunicação de nossa região. É uma experiência muito valorosa.”

As fotos e destaques do evento podem ser vistas na fan page do Encorp.