quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comunicação e responsabilidade financeira - Dinheiro no bolso (e conhecimento também)

Para muitas pessoas, falar de economia, no senso comum, e ouvir questionamentos sobre é algo muito complicado por conta da própria linguagem utilizada. E educar as pessoas sobre os aspectos financeiros que rodeam o cotidiano, é uma tarefa fácil? Logicamente, existem muitos percalços para que se estabeleça a total compreensão deste assunto, mas a sua importância em pleno início de século XXI é inquestionável em vários casos, tanto coletivos quanto individuais (maior foco deste post), como afirmam Cintia Retz Lucci,
Sabrina Arruda Zerrenner, Marco Antonio Guimarães Verrone e Sérgio Cipriano dos Santos no artigo A influência da educação financeira nas decisões de consumo e investimento dos indivíduos (artigo on line, p. 04):


"A importância da educação financeira pode ser vista sob diversas perspectivas: sob a perspectiva de bem estar pessoal, jovens e adultos podem tomar decisões que comprometerão seu futuro; as conseqüências vão desde desorganização das contas domésticas até a inclusão do nome em sistemas como SPC/ SERASA (Serviço de Proteção ao Crédito), que prejudicam não só o consumo como, em muitos casos, na carreira profissional."

Para educar as pessoas sobre economia, principalmente as crianças e aquelas que estão saindo das fases da adolescência e da juventude para começar um caminho pela vida adulta, é que a Bolsa de Valores de São Paulo promove uma parceria com o Canal Futura, a fim de realizar ações para que a educação financeira alcance as novas gerações de maneira simples, correta, educativa, atraente e interativa.

Para as crianças de 7 a 10 anos, a Bolsa criou a Turma da Bolsa, que tem o objetivo de acrescentar os conceitos financeiros às habilidades adquiridas pela criança, por meio da ludicidade e da simplicidade. E isso é feito com o desenvolvimento de um site com jogos, fábulas, quadrinhos, videos e espaço para pais e educadores. São encenadas peças de teatro na sede da Bolsa e em escolas da grande São Paulo que fizerem o agendamento antecipado; uma delas é a chamada O Porco e o Magro (intertextualidade com a famosa série O Gordo e o Magro), que também pode ser vista durante a programação do Canal Futura.

Segundo o release disponível no site da Bolsa, "O Porco é um sábio e coerente professor. Já o Magro é um aluno interessado, mas com um grande impulso consumista. Nesta aula, que aborda conceitos de trabalho, consumo, economia e planejamento, não é só o Magro quem aprende: o Porquinho ensina às crianças a importância do trabalho, de cuidar e saber aproveitar bem o que se tem, de ter sonhos e planejar para alcançar seus objetivos.". A seguir, o vídeo do quarto episódio do teatro.



Já para os maiores, a parceria entre Canal Futura e a Bolsa resultou no game show Dinheiro no Bolso, lançado no dia 14 de março de 2011, com duração de meia-hora e veiculado na segunda-feira, às 22h30, com reprises às sextas, às 16h30, e aos sábados, às 19h. O objetivo do programa é estimular o consumo consciente e a responsabilidade financeira no público jovem, através de provas de raciocínio lógico e a criação de estratégias. 

Na primeira temporada, dez estudantes do ensino médio na Grande São Paulo participam da disputa (com caráter eliminatório a cada episódio, ou seja, a cada programa, sai a pessoa que possui a menor pontuação), que garante ao vencedor R$ 10 mil em crédito para a compra de ações. E não são só os concorrentes que são estimulados a aprender mais sobre finanças: nos interprogramas da emissora, o apresentador Rafael Losso propõe perguntas para os telespectadores sobre variados assuntos referentes a área financeira. O vídeo a seguir mostra uma questão sobre bancos.


A consultoria deste programa é feita por Gustavo Cerbasi, mestre em Administração / Finanças pela FEA/USP, formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com especialização em Finanças pela Stern School of Business - New York University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA) e que, em 2009, foi eleito um dos 100 brasileiros mais influentes, segundo a revista Época. Além dele, há as participações do educador financeiro Mauro Calil e do professor de finanças do Insper Ricardo Rocha. Vê-se, nesses dois casos, a importância de um bom trabalho de comunicação dirigida para que os conceitos financeiros sejam apreendidos pelos públicos-alvo.

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