sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tenho orgulho de ser RP!

Hoje será um post analítico, digamos, mais pessoal...

Abrindo meu Twitter hoje, vejo uma notícia que, sinceramente, me deixa triste: um vilão de novela (mais precisamente, da novela das oito Passione, da Rede Globo) sendo chamado para ser o relações-públicas da empresa metalúrgica Gouveia. Nada contra o fato do vilão ser interpretado pelo Reynaldo Gianecchini, mas o que não se pode tolerar é o estereótipo de "lobista corrupto" que a profissão de Relações Públicas sofrerá, ainda mais estando na novela com maior audiência do território brasileiro.

Segundo nota publicada no site da novela, os únicos requisitos para que o personagem Fred seja ascendido ao cargo de RP, nas palavras do trambiqueiro Saulo (Werner Schünemann) é ter boa presença, saber articular bem e ser persuasivo. Obviamente, a importância do Relações Públicas na organização não é nem citada, e sim a importância do vilão continuar ativo na presidência da empresa.

Nestes últimos anos, é muito discutida a valorização do profissional de Relações Públicas no mercado e na própria sociedade. Inclusive, o dia 22 de novembro foi condecorado como o Dia Latino-americano de Luta pela Valorização da Profissão de Relações Públicas. Sim, estamos ainda um pouco longe deste dia, mas, através da força das mídias sociais (tão importantes para a troca de informações e de conhecimentos entre os relações-públicas), podemos fazer algo para conscientizar a população, como muitos colegas já fizeram nesta manhã de sexta-feira (dia 18), ressaltando a história da profissão e o orgulho de ser RP, acima de todos os estereótipos!

Por fim, abro espaço para a palavra do grande Professor Doutor Fábio França, que escreveu um belíssimo texto sobre a valorização da profissão de Relações Públicas. Dentre as ideias detalhadas por ele para construção de um conceito contemporâneo e correto da profissão, há um que gostaria de ressaltar e que a Rede Globo não percebeu (grifo em negrito meu):

"Abrir espaço na mídia para as relações públicas por meio da produção de excelentes textos, o que pode ficar a cargo de uma equipe de articulistas, com pauta bem estabelecida, coordenados sob a liderança de uma das entidades da categoria ou de uma universidade. Esses textos devem explicar ao mercado o que é a atividade e como pode contribuir de maneira estratégica para o bem-estar social e empresarial. A carência deste tipo de literatura e a não-presença na mídia é uma das grandes fraquezas da atividade entre nós."

Como visto, estes textos (lembrando que a novela, antes de ir para a televisão, é um texto escrito, um roteiro) precisam valorizar o profissional de Relações Públicas, e não colocá-lo apenas como alavanca para se fazer vilanias. Não se pode calar quando se vê um estereótipo tão "jogado" numa novela. É necessário estufar o peito e dizer: TENHO ORGULHO DE SER RP!

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