quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Comunicação e a tendência Flex Life - Por um consumo com menos caracteres

Por Maíra Masiero

O mundo ficou mais rápido, mais curto e com uma maior quantidade (e variedade) de formas de consumo. As mensagens eletrônicas se movem em frações de segundo e podem se resumir a 140 caracteres; muitos programas de televisão não conseguem mais manter uma audiência sólida durante três ou quatro horas de duração, precisando, assim, recorrer a formatos com menor duração (15 minutos, meia hora); pacotes de diversos segmentos, com opções fechadas e fixas, já não atraem tanto como antigamente. Como lidar com estas situações que podem interferir diretamente na rotina de consumo das pessoas?

Uma das tendências de consumo que pode ajudar a resolver estas situações é a chamada Flex Life. Luciana Stein, diretora da trendwatching.com na América do Sul e Central, em entrevista publicada no canal Propmark, explica como esta prática pode contribuir para o favorecimento de marcas e para que as experiências de consumo sejam mais rápidas - condizentes com o mundo globalizado vigente -porém sem perder a capacidade de impactar o público e fidelizar os clientes.

Como resultado [da infinidade de escolhas], surgem diversos serviços, como o web salão, onde as pessoas podem agendar um serviço de manicure em casa pela internet, ou os vouchers de academia, disponíveis para quem não quer se prender a um plano semestral, por exemplo. Damos a isso o nome de ‘flex life’, ou seja, o que era fixo agora é fracionado e, assim, o consumidor pode ter diversas ocasiões de consumo em menos tempo. É uma intensa batalha entre marcas, em que a conveniência e a velocidade de entrega do serviço imperam”.

Alguns exemplos desta prática já repercutem não só na esfera comunicacional, mas também abrangendo todos os públicos. Um deles é a "loja do cochilo", inaugurada no segundo semestre de 2012 na capital paulista. São quatro cabines, com camas em formato de "s", acompanhadas de uma luz negra e de fones de ouvido com músicas relaxantes. Enfim, tudo para facilitar o sono de quem deseja recuperar as energias, sejam empresários, colaboradores ou baladeiros.

Os períodos de sono variam de 15 minutos a 1 hora, de acordo com a vontade e necessidade da pessoa, e o horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 8h às 20h. A seguir, um vídeo sobre o local, feito pelo Jornal da Gazeta.



O site desta loja ainda está em construção, porém a marca Cochilo já tem uma fanpage no Facebook, com mais de 600 curtidas, que mostra as empresas que já fizeram convênios com a loja, notícias relacionadas aos benefícios do cochilo para o trabalho, além de uma espécie de clipping (matérias divulgadas sobre a empresa nos veículos de comunciação) e de relacionar a marca com assuntos recentes, como ao descuido de dois ministros do STF que dormiam enquanto acontecia o julgamento do "mensalão" ou ao horário dos jogos de futebol, inadequado principalmente para quem acorda cedo para trabalhar.

Ao Portal Exame, o empresário Marcelo Von Ancken, idealizador da loja, afirmou que, sem previsão de data, possui o interesse de expandir o negócio no modelo de franquias. É mais um nicho de consumo aberto que contribui para que a tendência Flex Life se concretize no cenário nacional, pois promove um bem-estar às pessoas em limitados períodos de tempo.

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