sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Histórias de RP pelo mundo: a visão acadêmica da Marcela Donatello

Além do desejo pessoal de viver uma experiência internacional, ela tem interesse em atuar no futuro em organizações que se relacionem com públicos estratégicos que atuam no exterior a partir do Brasil. Além disto, a oportunidade serviria aperfeiçoar uma visão macro da administração e das empresas. Foi assim que a relações públicas paulista Marcela Donatello foi parar numa universidade internacional em agosto de 2010, com alunos e professores provenientes de mais de 20 países para cursar Master of International Business na França.


Apesar de estar centrada nos estudos, em um programa de ocupação integral, percebeu que Relações Públicas na França tem uma relação quase direta com Assessoria de Imprensa, tendo visto poucas vagas em que a descrição do trabalho partisse para um aspecto mais organizacional. No contato com professores de diversos países, visualizou que todos tratam RP como uma das variáveis do Mix de Promoção do Marketing, diferente do que defende a academia brasileira e sua perspectiva de Comunicação Integrada. Como cidadã e consumidora, pode perceber que a cultura francesa não é orientada para o serviço ao cliente, para a busca da satisfação e da fidelização dos públicos estratégicos.


Marcela sempre acreditou que o comunicador precisava entender o mercado e ter também alguma noção de economia e estratégia, num âmbito maior que o da comunicação. E isto agora ficou comprovado. Formada pela Universidade Estadual de Londrina/UEL-PR no final de 2009, havia trabalhado por quase dois anos na Associação Comercial e Industrial de Londrina – primeiro como estagiária e depois como contratada com o cargo de Relações Públicas. Sob sua responsabilidade, estavam diversas atividades como planejamento de comunicação, comunicação administrativa e interna, relacionamento com associados, cerimonial e eventos, reformulação, manutenção e atualização do website, suporte à Assessoria de Imprensa e a outras atividades que envolviam o Departamento de Comunicação da entidade.

Se pensar de maneira isolada, a formação em RP não foi suficiente para todos os seus desafios, embora reconheça que trouxe ferramentas fundamentais para a comunicação e o relacionamento com públicos estratégicos em qualquer nível. Porém, faltou aptidão para lidar com diferenças culturais e linguísticas, além das diferentes formas de negociação intrínsecas a esse tipo de contexto.

OBS: este post faz parte de uma ação coletiva entre vários blogs para comemorar o Dia Interamericano de Relações Públicas, marcado em 26 de setembro de cada ano por conta da data de fundação da FIARP, hoje Confederação Interamericana de Relações Públicas/CONFIARP. Foram entrevistas realizadas via internet pelo RP Rodrigo Cogo, do portal www.mundorp.com.br, e compartilhadas agora.

Já participaram o blog Ser.RP com “Histórias de RP pelo mundo: o início de carreira de Célcia Chilaúle”; o blog Comunicação e Tendências com “Histórias de RP pelo mundo: o reposicionamento conceitual de Fábio Procópio”; o blog Rede RP com “Histórias de RP pelo mundo: o apelo internacional de Cassandra Brunetto”; o blog Versátil RP com “Histórias de RP pelo mundo: o trabalho desbravador de Sônia Costa”; o blog RP&PP com “Histórias de RP pelo mundo: o aprendizado de Juliana Schneider”; o blog A Bordo da Comunicação com “Histórias de RP pelo mundo: as opções criativas da Mayra Martins”; e o blog UniRP com“Histórias de RP pelo mundo: a eclética trajetória de Sulamita Gomes”. Acompanhe todas as postagens reunidas no blog Relações nesta segunda-feira, dia 26.

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