"Os desastres, como uma disrupção repentina de uma “normalidade” anterior socialmente estabelecida, são caracterizados por serem eventos adversos que proporcionam impactos negativos tanto físicos quanto sociais nas comunidades atingidas. A Defesa Civil entende o desastre como um evento danoso capaz de superar a capacidade de resposta da comunidade afetada. (...)
Os desastres naturais são eventos adversos que se constituem através da ação da força da dinâmica terrestre, quando ocorre em áreas que atinjam áreas habitadas, principalmente no caso de áreas densamente povoadas e em situação vulnerável a estes eventos adversos, quando se observa a ocorrência de vítimas fatais. Trata-se de uma realidade que atinge várias partes do planeta, de formas e intensidades diferenciadas."O mundo foi surpreendido na madrugada desta sexta-feira com a notícia de um forte terremoto na costa nordeste do Japão, que matou milhares de pessoas, deixou outras milhares feridas e gerou tsunamis na capital Tóquio e em outras cidades, além de emitir alertas de risco de tsunami em vários países próximos ao Oceano Pacífico e de causar estragos como a interrupção do fornecimento de energia e das atividades em alguns aeroportos e serviços de trem-bala.
Infelizmente, os terremotos são fenômenos frequentes no Japão. Para se ter uma ideia desta vulnerabilidade, o país registra a maior atividade sísmica do mundo, com cerca de 20% dos terremotos com magnitude acima de 6 pontos na escala Richter (que vai de 1 a 9). Com este histórico, o país precisa se planejar para que se evitem maiores desastres quando a terra começar a tremer, a começar pela maior rigidez na construção de prédios e pela conscientização da população sobre os riscos e as medidas a serem tomadas quando há um terremoto.
Um exemplo está num informativo (aqui está a versão em português de novembro de 2010) distribuído pela Prefeitura de Minokamo, uma cidade japonesa localizada na província de Gifu. Nesta edição, em especial, a primeira página mostra alguns tópicos a serem discutidos em família, como estes:
"Definição do lugar mais seguro para se proteger dentro da residência; Inspeção da sacola de primeiros socorros e verificação dos riscos de incêndio; Escolha do responsável pelo resgate das crianças e idosos; Definição do que será levado e por quem para os Locais de Refúgio e Abrigo; Checar a localização e o percurso até os Locais de Refúgio e Abrigo; Atribuição de responsabilidades aos familiares quando ocorrerem terremotos de dia ou à noite. Isto é, definir o que cada um irá fazer quando o terremoto for de dia e também, quando o terremoto for à noite."
Outra forma de evitar tragédias maiores por causa dos terremotos, gerenciando estas crises sísmicas, possui o auxílio da tecnologia. Em janeiro do ano passado, foi divulgado pelo Portal R7 que o Japão possui uma tecnologia única no mundo para alertar sobre terremotos, através de telefones celulares e de outros equipamentos específicos. Segundo a notícia, "O dispositivo analisa as diferenças de velocidade de propagação das diferentes ondas emitidas por um terremoto. Graças à rapidez das redes de telecomunicações, o alerta pode ser dado instantes antes das ondas mais mortíferas serem sentidas."
Para ilustrar esta prevenção oferecida pelo Governo japonês, a seguir está um vídeo do Bom Dia Brasil do dia 19 de janeiro de 2010, mostrando uma simulação de terremoto feita para um treinamento, e que pode servir de experiência nipônica para contribuir com a salvação de muitas vítimas, não só no Japão, mas em outros países, como, por exemplo, o Haiti, que não possui estrutura para enfrentar desastres naturais, como o ocorrido no ano passado.
Com isso, pode-se ver que os terremotos no Japão poderiam ser mais desastrosos, se não fosse estas medidas de prevenção e de emergência. A região do país afetada pelo terremoto, logicamente, se abala, mas consegue se recuperar rapidamente e preservar muitas vidas por conta de um planejamento bem feito e de uma gestão de crises eficaz.
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