* Esta é uma continuação extraordinária deste post, por conta dos acontecimentos ocorridos ontem. Qualquer informação anterior não repetida abaixo está incluída na postagem de 17 de setembro.
Como já foi dito em momentos anteriores, é necessário se respeitar a hierarquia de quaisquer empresas, incluindo nesta regra os times esportivos e, no caso específico, os futebolísticos. Também é muito importante a tomada firme de decisões, sem que haja qualquer indício de contradição por nenhum dos lados envolvidos. É o que, visivelmente, não ocorreu no time do Santos.
Após a polêmica do dia 15 de setembro envolvendo o, na época, técnico Dorival Júnior e o atacante Neymar, este último pagou uma multa e ficou afastado do jogo seguinte contra o Guarani. Neste ponto já há uma incoerência, visto que, até o fechamento da postagem anterior, só se falava em multas para o jogador, e não afastamento do time por tempo indeterminado. mostrando um grande desencontro na dvulgação das informações. O jogo aconteceu no fim de semana e acabou empatado sem gols.
Nesta quarta-feira, haverá o clássico entre Santos e Corinthians, e o técnico estava decidido a deixar Neymar fora do jogo, segundo ele, para o bem do atleta e, talvez, do clube. Já a diretoria queria colocá-lo em campo para não desvalorizá-lo, por conta de ser alvo de altos investimentos por parte do Santos. Mas, na matéria já linkada, Dorival afirma o respaldo da diretoria em relação à punição, deixando a decisão para o treinador. Quem estaria falando a verdade nesta história?
O fato é que, na noite da terça-feira, numa reunião entre diretoria e treinador, foi sacramentada a demissão de Dorival Junior e a reintegração de Neymar à concentração do time para o jogo desta quarta-feira, causando polêmica, aprovação e desaprovação em vários colunistas, como Juca Kfouri, Nilson Cesar, Fernando Sampaio, Erich Beting, Antonio Maria Flho, Leandro Quesada, José Roberto Torero e Vitor Birmer. Mas isso não foi um respeito a hierarquia, visto que o presidente manda mais do que o técnico do time?
O interessante é perceber que o técnico de futebol sabe, mais do que a própria diretoria, se o jogador está apto para jogar, tanto em condições físicas, quanto psicológicas. E, nesta hierarquia de escalação do time, o técnico possui maior responsabilidade de decisão do que a diretoria (obviamente, esta tem que ser consultada em casos mais complexos, como no de Neymar, devendo pensar no bem do atleta e no trabalho em equipe em primeiro lugar, o que não ocorreu). Para esclarecer esta questão, remete-se à declaração final de Beting em sua coluna previamente referenciada:
"O melhor negócio que há numa empresa de sucesso é respeitar hierarquias e ter um grupo unido em torno de um objetivo. O pior negócio que pode existir é colocar o negócio acima do trabalho em equipe. Foi o que aconteceu. E pode ser o início de um grande problema para ser administrado pelo clube nos próximos meses. A gestão de talentos é uma profissão extremamente carente dentro do futebol brasileiro."
Para encerrar este post, existem dois vídeos sobre hierarquia e respeito à liderança. Um deles é este, que não pôde ser incorporado, falando sobre os principais aspectos da liderança. O outro, mais técnico, repassa alguns conceitos práticos do respeito à hierarquia, relacionada à Polícia e Direitos Humanos, em gravação feita para a DHnet - Rede Direitos Humanos e Cultura.
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