quarta-feira, 3 de abril de 2013

Primeiro de abril! - As mentiras que as empresas (e os funcionários) contam

Por Maíra Masiero

No último dia 1º de abril, foi celebrado o "dia da mentira", em que muitas pessoas acabam enganando seus parentes e amigos com afirmações falsas ou colocando-os em situações constrangedoras. Mas como surgiu essa data e por que, justamente, marcar esse início de abril com a "celebração da mentira"? Segundo artigo publicado no site Brasil Escola, a razão para o surgimento da data está em outro início, o do ano civil.

"Tudo começou quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o início do ano. Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos.
Antes dessa mudança, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites de festas que não existiam.Tais brincadeiras causaram dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do dia 1º de abril como dia da mentira."


E no campo empresarial, é lícito (ou moral) utilizar-se de mentiras para atrair consumidores? É claro que, num dia específico como o 1º de abril, é compreensível a invenção de histórias mirabolantes, como o pagamento de 5 dólares mensais que devia ser feito para quem utilizasse vogais no Twitter, o lançamento de um enxaguante bucal sabor bacon pela P&G, dentre outras brincadeiras.

Como exemplo de uma peça pregada para o Dia da Mentira de 2013, o vídeo a seguir junta funcionários e celebridades para mostrar a "revelação" de que o Youtube é, na realidade, a plataforma de um grande concurso para escolher o melhor vídeo do mundo e deletar todos os outros, e só voltaria a funcionar daqui a dez anos.



Mas, tirando essa data em específico, não é nada aceitável uma empresa (ou pessoa pública) mentir sobre fatos (geralmente negativos) que acontecem em seus bastidores e que podem interferir na sua imagem perante o público externo. É necessário ter transparência e, na medida do possível, sinceridade no nomento em que as notícias aparecerem.

Isso também é válido para os profissionais de qualquer área, principalmente no momento em que se é montado o currículo a ser apresentado na empresa. Alegar informações falsas é uma justificativa muito coerente para a demissão de um colaborador (ou mesmo a sua não-contratação). Portanto, que o Primeiro de Abril não seja inspirador (do modo negativo) para os profissionais, e que as possíveis peças e brincadeiras não afetem os componentes vitais da empresa.

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