segunda-feira, 23 de julho de 2012

Você é da geração “Y” ou é um “Millennial”? Uma bem-humorada tese para o social

Por Manoel Marcondes Neto

Geração X Y Z - Imagem por Géssica Hellmann
Geração X Y Z - Imagem por Géssica Hellmann

Tenho me aplicado, até por força do ofício de professor, em entender o comportamento dos jovens, lendo tudo o que me cai nas mãos sobre "gerações", inclusive péssimos textos – como o da Veja de semanas atrás, que propunha, após o fim do alfabeto, começar tudo de novo, e já classificava pessoas em geração "A", "B", "C"...

Aos números!

Tal tema me atraiu quando se precisou entender porque o poder – nas empresas, principalmente – passou de cinquentões (a época era o início dos anos 2000) aos "trintinhas" de então (ou seja, pessoas nascidas por volta de 1970), passando direto pela (minha) geração, a qual, justamente por "não dizer a que veio", ficou taxada de geração enigma, incógnita, ou seja, geração "X"... o resto é estória. E muita ciência inexata, que não é Sociologia (assim, com "s" maiúsculo). É o tal do jornalismo cultural querendo fazer história melhor que os historiadores.

Minha tese (já que cada um pode ter a sua)

A geração que ficou consagrada como baby boomers – assim chamada por ter sido gerada logo após a Segunda Grande Guerra Mundial e seu apoteótico ’boom’ atômico – é aquela que estava com 18 anos em maio de 1968 – se queremos rigor de calendário. E em Paris – se queremos precisão geográfica. Foram movimentos de libertação dos filhos em relação aos padrões anteriores, de seus pais. Woodstock, em 1969, sediou o “grito” estadunidense nesse sentido de quebra de paradigmas culturais.

É claro que há uma "faixa etária", a qual podemos situar entre os que teriam de 16 anos a 25 anos em 1968. E é claro, também, que teremos "limítrofes" – ou seja – indivíduos que vieram ao mundo nos intervalos entre uma "geração" e outra.

Bem entendido que em minha adolescência, na escola, geração era algo que durava 25 anos... Hoje fala-se em menos... depende do próximo "i" que a Apple lançar...

Vamos dividir à metade esses 25 anos e propor um gap de 12 anos para cada “geração”. E tentar entender, a partir de alguns prosaicos hábitos de consumo e pensamentos do senso comum o que “move” esses diferentes extratos sociais.

Fazendo contas

Na minha hipótese: baby boomers seriam, então, aqueles nascidos entre 1945 e 1957, contando doze anos a partir do ano em que a guerra terminou, quando, então, pôde-se considerar saudável, esperável, "concebível" que casais resolvessem "investir" num futuro – qualquer futuro. (Não se pode subestimar o fato de que o advento do artefato nuclear colocou em xeque a sobrexistência humana no planeta).

Com isto, temos, então, que a geração imediatamente posterior aos baby boomers seria formada por aqueles que nasceram entre 1958 e 1970 – a chamada geração "X". E a geração "Y", por conseguinte, seria a dos nascidos a partir do ano de 1971 – os "trintinhas" de 2000, anteriormente mencionados. E dando continuidade à “série” temos os chamados millennials, aqueles que estavam completando a maioridade por volta da virada do segundo para o terceiro milênio.

Qual “geração” virá depois? Dizem que é a “Z” – a geração dessas crianças absolutamente nerds que nasceram de 1998 até 2010. O que a caracteriza? Está aí um desafio que você pode ajudar a desvendar a partir de agora, até porque deve ser para esse público que você irá estar trabalhando quando estiver nos seus 30 anos.

Para uma leitura bem-humorada dos “conflitos geracionais”, vá para o link e veja minha “proposta sociológica” - Costumes x gerações

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