Assim acontece também com as organizações: comparando-as com uma pessoa, elas possuem uma inteligência que precisa ser suscitada e alavancada, caso o objetivo da empresa seja acompanhar o mercado e as mudanças frequentes, derivadas da globalização. É a chamada inteligência corporativa.
Um dos artigos que explicam o conceito de inteligência competitiva (em alguns lugares, cita-se como inteligência de negócios) é escrito por Marta Lígia Pomim Valentim et alii no artigo O Processo de Inteligência Competitiva em Organizações (2003, p. 02):
"A inteligência competitiva é o processo que investiga o ambiente onde a empresa está inserida,
com o propósito de descobrir oportunidades e reduzir os riscos, bem como diagnostica o ambiente interno organizacional, visando o estabelecimento de estratégias de ação a curto, médio e longo prazo.
A inteligência competitiva (I. C.) é entendida como processo organizacional e é fundamental à organização sob vários aspectos, como por exemplo, para as pessoas desenvolverem suas atividades profissionais, para as unidades de trabalho planejarem suas ações táticas e operacionais, para os setores estratégicos definirem suas estratégias de ação, visando o mercado, a competitividade e a globalização."
E como a comunicação pode contribuir para o melhor desenvolvimento deste "tipo" de inteligência, principalmente num mundo tão competitivo como o desenhado nesta primeira década do século XXI? Se uma das funções da Inteligência Competitiva é investigar o ambiente, o profissional de Relações Públicas executa um papel importante neste processo, realizando pesquisas de opinião com o público interno (para verificar o ambiente organizacional) e externo (para entender a repercussão de cada ato da empresa no cenário exterior às suas instalações), além de planejar estrategicamente os atos da organização no mercado.Também é importante, como se observa na citação acima, incentivar o melhoramento das atividades profissionais de cada colaborador/funcionário. Para isso, são necessárias políticas que valorizem o esforço de cada um, com promoções e recompensas não só financeiras, mas também de imagem e focando o emocional de cada funcionário.
Conclui-se, assim, que a empresa precisa estar bem preparada para poder desenvolver esta inteligência competitiva de maneira convincente, atendendo às necessidades de informação da organização e, por tabela, aos anseios de cada colaborador. É necessário, portanto, um desenvolvimento sólido da cultura organizacional e uma tomada de consciência das organizações acerca da importância de se desenvolver a inteligência corporativa, com profissionais competentes e colaboradores dispostos a aprender.




