Nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro, em meio a grande repercussão do comercial de lançamento de um prédio residencial na Paraíba - com a já histórica frase: "Luíza, que está no Canadá", mais recente hit da internet**, o perfil oficial da Secretária de Imprensa da Presidência da República no Twitter trouxe um link de um texto da seção humorística da Revista Piauí que falava de uma "suposta viagem do ex-governador José Serra ao Canadá".
O resultado desta postagem, inadequada a um perfil oficial de um órgão público, foi imediato: o assunto Twitter da Presidência foi um dos mais comentados do dia na rede social, o post foi deletado do sistema e, algum tempo depois, o perfil mostrou um pedido de desculpas pelo erro cometido:
Pode-se dizer que, tanto neste caso da última quinta-feira como em outras situações nas quais apareceram postagens diferentes do habitual em perfis oficiais de instituições ou secretarias no Twitter, a justificativa é a mesma na maioria dos casos: o autor do post equivocado confundiu o perfil pessoal com o oficial, cometendo, assim, esse erro que também, por muitas vezes, leva o culpado a ser demitido ou, no caso da piada com o ex-governador de São Paulo, a pedir exoneração do cargo.
Na mesma noite, por volta das 21h30, Serra se pronunciou acerca do caso em seu perfil no Twitter: "Aceito a desculpa pelo que aconteceu com o twitter do Planalto. O autor reconheceu o erro e não há motivo para demiti-lo. Assunto encerrado. / Ah, sim, queria avisar o Planalto que não fui ao Canadá, até porque a Luiza voltou."
O mais interessante em analisar este caso é a necessidade de uma conscientização maior sobre os cuidados com o cibercomportamento das pessoas, principalmente com a tão falada separação entre assuntos/opinões/desabafos pessoais e temas profissionais. Muitas vezes, na esfera offline, fazer esta divisão é complicado (muitos reclamam que parentes, namorados(as), noivos(as) e esposos(as) trazem pendências e reclamações do serviço para casa, não aproveitando o tempo livre de maneira proveitosa); porém, na rede mundial de computadores, é regra não misturar assuntos/posts pessoais em perfis utilizados para trabalho.
E ainda concluindo este raciocínio, nestas horas de crise de imagem, o profissional de Relações Públicas não pode fugir para o Canadá, nem para lugares mais distantes ou inacessíveis, mas sim se portar como líder, propondo soluções que sejam, ao mesmo tempo, rápidas, funcionais e convincentes para o público.
** Para quem ainda não sabe quem é Luíza e o porquê deste sucesso tão fulminante, vale a pena ler um pouco da história deste viral.
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