*Este segundo post da seção RPrestigiando - X Semana de Relações Públicas da UNESP Bauru teve a colaboração das alunas Daiane Santana e Bianca Cesário, ambas do 2º ano do curso. A elas, nossos agradecimentos.
O primeiro dia da X Semana de Relações Públicas, ocorrido no dia 07 de junho, trouxe a professora Elizabeth Brandão como uma das expositoras sobre os Conceitos e o Histórico da Comunicação Pública. Ela dividiu suas explicações em três momentos: a consolidação do conceito na década de 1990, as mudanças ocorridas ao longo dos tempos - em relação, dentre outros quesitos, à exigência de uma maior participação da sociedade nos programas governamentais, como o Bolsa Família - e a importância de se entender a Comunicação Pública como uma "teia de cidadania" e facilitadora de políticas públicas.
De fato, a comunicação pública teve, durante um certo período de tempo na História brasileira, uma imagem relacionada ao autoritarismo e ao controle da atuação da imprensa, porém modificada graças ao advento de um novo período democrático no Brasil, como relata Jorge Duarte em seu artigo Comunicação Pública (2003, p. 01):
Assim, com esta nova visão da Comunicação Pública em construção, tornou-se fundamental aos órgãos públicos criar mecanismos de participação popular nas ações do governo e de divulgação destas práticas através dos vários meios de comunicação, tentando não soar como um aproveitamento político ou pessoal dos governantes envolvidos. E este é um grande desafio para a prática da Comunicação Pública, principalmente na esfera governamental, como mostra Maria Helena Weber no artigo Na comunicação pública, a captura do voto
(2007, p. 39):
"Todo processo de comunicação, inerente aos regimes democráticos, mais do que a necessidade de prestação de contas, de exercitar a relação com o público está dirigida á propaganda de um projeto político, de um sujeito, de um partido. A análise destas estratégias expõe a parte visível da política e as estruturas necessárias para manter essa visibilidade. Nesse aspecto, as redes midiáticas se tornam importantes e a política poderá ser submetida lógica midiática e à estética publicitária, adaptando-se a versão dos fatos à personalidade das mídias, dos jornalistas, dos blogueiros. São adaptações para diminuir os estranhamento das noticias corriqueiras e o fascínio da propaganda. A dramatização intima da política se impõe cada vez mais. o impacto da informação política sempre será dado pela mídia."
Cabe aos profissionais de Comunicação idealizarem estratégias para que esta confusão entre "politicagem" e prestação de contas não denigra a imagem de certo governo ou governante. O público receptor, muitas vezes, já não aceita uma simples divulgação dos fatos ou um semblante bonito nas telas da televisão, e sim deseja uma real prestação de contas sobre o destino do dinheiro público e uma comunicação pública de qualidade.
De fato, a comunicação pública teve, durante um certo período de tempo na História brasileira, uma imagem relacionada ao autoritarismo e ao controle da atuação da imprensa, porém modificada graças ao advento de um novo período democrático no Brasil, como relata Jorge Duarte em seu artigo Comunicação Pública (2003, p. 01):
"Durante os anos 1930 o governo federal definiu políticas de controle de informações cujo apogeu se deu entre 1939 e 1945, por meio do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e uma rede nacional que buscava controlar e orientar a imprensa. Durante o regime militar, é organizado o Sistema de Comunicação Social no âmbito do governo, cujos focos eram propaganda e censura.
Com o fim da censura e a redemocratização, o panorama mudou. A Constituição de 1988, a transformação do Papel do Estado, o Código de Defesa do Consumidor, a terceirização e a desregulamentação, a atuação de grupos de interesse e movimentos sociais e o desenvolvimento tecnológico estabeleceram um sistema de participação e pressão que forçou a criação de mecanismos para dar atendimento às exigências de informação e tratamento justo por parte do cidadão em sua relação com o Estado e instituições, do consumidor com as empresas e entre todos os agentes sociais. (...)"
(2007, p. 39):
"Todo processo de comunicação, inerente aos regimes democráticos, mais do que a necessidade de prestação de contas, de exercitar a relação com o público está dirigida á propaganda de um projeto político, de um sujeito, de um partido. A análise destas estratégias expõe a parte visível da política e as estruturas necessárias para manter essa visibilidade. Nesse aspecto, as redes midiáticas se tornam importantes e a política poderá ser submetida lógica midiática e à estética publicitária, adaptando-se a versão dos fatos à personalidade das mídias, dos jornalistas, dos blogueiros. São adaptações para diminuir os estranhamento das noticias corriqueiras e o fascínio da propaganda. A dramatização intima da política se impõe cada vez mais. o impacto da informação política sempre será dado pela mídia."
Cabe aos profissionais de Comunicação idealizarem estratégias para que esta confusão entre "politicagem" e prestação de contas não denigra a imagem de certo governo ou governante. O público receptor, muitas vezes, já não aceita uma simples divulgação dos fatos ou um semblante bonito nas telas da televisão, e sim deseja uma real prestação de contas sobre o destino do dinheiro público e uma comunicação pública de qualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário