sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Divulgação - Final do Desafio Hora Extra (via RPjr)

Este post atende ao pedido da valorosa equipe da RPjr (Empresa Júnior de Relações Públicas) da UNESP Bauru e divulga os resultados finais do Desafio Hora Extra, outra grande ação com o intuito de valorizar nossa profissão! O release abaixo foi feito pela Diretoria de Comunicação da empresa.

Release Desafio Hora Extra

No dia 2 de dezembro – Dia Nacional das Relações Públicas - foi realizado, às 19h no câmpus da Unesp em Bauru, o encerramento do Desafio Hora Extra, o primeiro do gênero no interior paulista, idealizado e realizado pela RPjr - Empresa Júnior de Relações Públicas da Unesp,.
O Desafio teve como objetivo estimular estudantes de diversas áreas a desenvolverem habilidades como: espírito de liderança, expressividade e trabalho em equipe, além de dinamismo e organização. Tudo isso vivenciando a realidade de uma Agência de Comunicação, desenvolvendo o trabalho com empresas reais da cidade.
Foram realizadas 3 etapas durante o período de 6 meses, que contaram com a avaliação de uma banca examinadora. O Desafio Hora Extra se iniciou com a participação de 10 equipes, sendo que somente 6 chegaram à final. Entre essas, a equipe UP ficou em terceiro lugar, seguida pela equipe Samba! e a grande vencedora foi a equipe Kínitro, que ganhou uma viagem de 8 dias para Porto Seguro/BA, com embarque previsto para o dia 11 de dezembro.
O Desafio Hora Extra abrangeu estudantes dos mais diversos segmentos e faculdades de Bauru, além de obter um grande reconhecimento por parte destes, dos docentes e de todos aqueles que estavam direta ou indiretamente envolvidos com o evento. Por isso, é importante ressaltar o valor agregado que o projeto pode oferecer.

DESAFIO HORA EXTRA
Período: Junho a Dezembro/2010
Data do resultado: 2 de dezembro
Equipe Vencedora: KÍNITRO

Mais informações / fotos:
RPjr – Empresa Júnior de Relações Públicas (Unesp Bauru)
(14) 3103-6165 | rpjr@faac.unesp.br
www.desafiohoraextra.com.br / www.youtube.com/rpjrunesp

Fronteira entre liberdade de expressão e preconceito - Exploração da tag #coisadecrente no Twitter

Um dos grandes males que atingem a sociedade mundial ainda não foi totalmente expelido da face da Terra, que se chama preconceito. Em suas mais variadas vertentes, seja social, racial, religioso, econômico, cultural ou em relação à opção sexual de cada um, esta lamentável prática ainda causa danos a uma sociedade que se diz "civilizada".

Especificando este post, é necessário aprofundar-se no preconceito religioso, lembrando que a diversidade de culto e a liberdade de expressão religiosa são direitos garantidos pela Constituição Federal, como lembra Priscila Formigheri Feldens em seu artigo Preconceito Religioso: um desafio à liberdade religiosa, inclusive expressiva (2008, p. 5):

"No artigo 5º, inciso VI, da atual Carta Magna, declara-se ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, proteção aos locais de culto e suas liturgias”. Tal artigo mostra-se de alta relevância e foi um dos modos de consagração dentro da Constituição Brasileira do respeito aos valores individuais de cada cidadão."

Um dos grandes estereótipos que se conferem aos cristãos, principalmente aos evangélicos/protestantes, é a alcunha de crentes, como algo pejorativo. Na realidade, uma pessoa crente é aquela que crê em alguma coisa, que acredita em algo - nesse caso, em Deus - não especificamente a pessoa que frequenta alguma igreja de denominação protestante.

Parecendo desconsiderar este aspecto, na tarde da última quinta, dia 09 de dezembro, a tag #coisadecrente atingiu o topo dos Trending Topics Brasil, sendo um dos assuntos mais falados no microblog Twitter. Muitas dessas mensagens continham afirmações preconceituosas e estereotipadas a respeito dos protestantes, fazendo brincadeiras com nomes de bandas evangélicas, como a Diante do Trono, e cometendo outras gafes.

Outras pessoas, evangélicas ou não, atribuem aspectos positivos para completar a insinuação, a fim de responder aos preconceituosos, e há alguns comentários sobre a injúria enraizada nessa tag.

Esse caso relembra outro episódio de preconceito ocorrido após as eleições presidenciais do ano de 2010, em que vários perfis no Twitter começam a postar ofensas contra os nordestinos, por conta de expressiva votação da presidente eleita Dilma Rousseff na região. Resultado: uma usuária foi processada na Justiça por conta das injúrias proferidas.

Já bem dizia Albert Einstein: "é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito". É necessário, portanto, se utilizar da comunicação para disseminar o respeito e a igualdade entre as pessoas, e não o contrário. Para encerrar, aqui está um vídeo do programa Via Legal, exibido na TV Cultura em 2009, discutindo sobre preconceito religioso.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

#ILoveRP Texto Final - Fazer RP para RePensar o mundo

Fazer RP para RePensar o Mundo

Maíra Masiero
Graduanda em Comunicação Social: Relações Públicas pela UNESP -Bauru

Há uma certa frase no campo das Relações Públicas dita e motivada por Marcello Chamusca e Márcia Carvalhal, idealizadores do Portal RP-Bahia, que declara: “Relações Públicas é mais que uma profissão, é uma paixão, uma causa, um caso de amor.”.
 
E como não se apaixonar por uma área que permite a diversificação de seu trabalho, em que um dia praticamente não é igual ao outro? Como não lutar para que as Relações Públicas sejam valorizadas como se tem direito, não negando a importância das outras especificidades comunicacionais, mas, ao mesmo tempo, mostrando a verdadeira função da profissão?

Utilizando-se da frase exposta inicialmente, pode-se dizer que o “namoro” de muitos profissionais com as Relações Públicas começa lentamente e de forma desconfiada, pois ainda há, infelizmente, vários estereótipos atrelados à profissão, como se pode ver nos casos que envolveram entidades revestidas de credibilidade perante o público, como a Rede Globo de Televisão – e o infeliz posicionamento do personagem Fred na novela Passione – e a entrevista do professor João Manuel Cardoso de Mello, fundador da FACAMP e da UNICAMP (casos já discutidos neste blog).

Porém, assim como acontece num relacionamento entre duas pessoas, quanto mais se conhece a área em que se deseja atuar, mais se ama e, mesmo que a oportunidade de cursá-la não chegue, pelo menos o respeito às funções e ao trabalho estão garantidos. Para que isto aconteça, portanto, é necessário o conhecimento, que advém da divulgação de trabalhos e artigos acerca das Relações Públicas. 

E é isso que este humilde blog, que chega aos seus 6 meses de vida nesta semana, quis mostrar ao promover esta ação de valorização, que não teve o intuito de mostrar choramingos de profissionais que desejam, a todo custo, uma melhor imagem desta área. Quando se promovem estas ações, o grande objetivo deve ser resumido somente numa palavra: repensar

Pensar novamente, sob outros olhares como os da Sociologia, Filosofia, Psicologia e Estatística (por que não?), a respeito dos acontecimentos que, a cada segundo, surgem nos portais de notícias, nas ondas das rádios, nas telas de TV, nos 140 caracteres do Twitter... Pensar novamente acerca do papel das Relações Públicas na gestão da comunicação, nas assessorias de imprensa, nas ouvidorias, nas empresas, no Governo, nas academias do saber e do malhar...

E foi para isso que a ação #ILoveRP foi pensada, para isso que este blog surgiu. Para incentivar as pessoas que o lêem a repensar, a incentivar a criatividade, a questionar o pensamento. E será sempre esta visão que o RPitacos apresentará neste fim de ano e em todo o ano de 2011: mais do que somente pitacos, são alavancas de conhecimento, do pensar e repensar.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

#ILoveRP Texto 5 - Relações Públicas: profissão de futuro e da atualidade (por Marcello Chamusca)

Relações Públicas: profissão de futuro e da atualidade

Marcello Chamusca
Relações-públicas e professor universitário.

Tratar das Relações públicas no contexto contemporâneo, apesar de todas as transformações pelas quais a sociedade tem passado, ainda significa necessariamente pensar sobre a sua função organizacional política, a partir da visão simoesiana, que discute as micro relações de poder no âmbito das organizações, pois aí estão os fundamentos da profissão, do processo, da atividade e do profissional da área.

Também entendemos como imprescindível pensar a função estratégica da atividade a partir da classificação lógica de públicos de Fábio França, em que propõe uma análise de todos os públicos que se relacionam com a organização, priorizando ainda o entendimento de aspectos culturais da “nova” sociedade que desponta.

As novas características da ambiência tecnológica digital, paradoxalmente, tornam necessárias as análises sobre a função social das relações públicas, na medida em que o ambiente de compartilhamento nos abriga desenvolver uma visão cada vez mais crítica sobre a respeito dos conteúdos e conceitos que começam a ser utilizados, como por exemplo, o conceito de responsabilidade social, que vem sendo utilizado de forma cínica e pouco respeitável pelas organizações contemporâneas.

Neste âmbito, deve-se mesmo é pensar em algo que possa nos aproximar de uma função social genuína, como o conceito de relações públicas comunitárias, propalado por Cicília Peruzzo como melhor modelo para se pensar a atividade no contexto social. Em seguida, ao partir para reflexões mais profundas sobre o que está posto, entender a dimensão social das relações públicas na sua plenitude, conforme observa Ferrari, que é o de priorizar o equilíbrio de interesses entre a organização e os seus públicos.

Pensar relações públicas no contexto contemporâneo também é pensar profundamente na sua função ética, que deve ir além do simples exercício dentro dos critérios regulamentares e legais, uma vez que a dimensão ética das relações públicas envolve a compreensão dos valores morais de toda sociedade ou, pelo menos, da maioria dela, pois é sempre o desejo e o bem-estar da maioria que devem prevalecer.

Todas essas funções aqui citadas, entretanto, não ganhariam a dimensão necessária não fosse a função científica, que as analisa e tenta explicar com detalhes cada uma delas, para se ter uma teoria sobre a atividade. É através da literatura, portanto, que autores como Roberto Porto Simões, Margarida Kunsch, Fábio França, Luiz Alberto de Farias, Cicília Peruzzo, dentre muitos outros, auxiliam a construção de um alicerce, baseado em conhecimento teórico e prático das relações públicas contemporâneas.

Falar de relações públicas no contexto contemporâneo implica também em observar a evolução histórica da profissão, que acaba refletindo até hoje na percepção de uma parte da sociedade sobre a atividade, que está vinculada a questões simbolicamente negativas, desde a sua origem com Ivy Lee, que transformou a imagem de um mega-empresário, magnata, frente à opinião pública, em um bom moço, até a sua veiculação à ditadura militar, no Brasil.

Provavelmente, a falta de reconhecimento ou até mesmo a visão equivocada que alguns empresários têm da atividade, que liga o profissional de relações públicas ao apagador de incêndio ou ao maquiador da organização perante a opinião pública, se dá graças as atitudes e comportamento dos próprios profissionais da área, que colaboraram com a difusão de uma atividade que não inspira credibilidade e que não tem valor no mercado para quem não tem o que esconder ou disfarçar.

Sabemos que o mercado de trabalho para todas as áreas é seletivo. É preciso ser competente para conseguir sobreviver. Talvez seja por isso que profissionais incompetentes se escondem atrás de argumentos que denigrem a atividade para amenizar a sua desqualificação profissional.

O mercado de relações públicas na atualidade é cada vez mais crescente e aberto, dado a sua abrangência de atuação. O profissional pode atuar com planejamento, gestão de eventos, de crise, auditoria, ouvidoria, assessoria de imprensa, comunicação comunitária, dentre muitas outras possibilidades. Isso tem sido o nosso bem e o nosso mau, pois, se por um lado o mercado é amplo, por outro torna a percepção da sociedade muito dispersa e termina que a maioria das pessoas tem uma noção do que seja a profissão, mas não a sua dimensão completa.

Isso também cria alguns campos minados para a profissão, em que profissionais de outras áreas disputam espaço no mercado de trabalho, disputando competências. Exemplos disso são as Assessorias de Imprensa e a disputa irracional com os colegas jornalistas; a Comunicação Interna, com os profissionais de RH; atendimento, relações com clientes e outros públicos externos estratégicos, com os capacitados em marketing; eventos com os turismólogos e cerimonialistas, dentre outras muitas disputas e brigas por espaços.

Um ponto positivo no momento contemporâneo é o crescimento de vagas em concursos para a área e com salários compatíveis. Além disso, surgem muitos nichos de mercado a serem descobertos.

Simões fala de mercados ocultos. São espaços que estão abertos, mas que não possuem o nome específico de relações públicas. Estão sendo ofertados com outros nomes como assessoria de imprensa, atendimento, captação de recursos, eventos, gestão de crise, lobby, ouvidoria, pesquisa, gestão de imagem, relações institucionais, comunicação empresarial, comunicação organizacional, marketing cultural, social, político, dentre outras possibilidades.

É necessário que o profissional da área enxergue esses mercados ocultos, que possuem funções compatíveis com a sua área de formação e se apropriem desses espaços que estão abertos para profissionais competentes. Percebe-se que hoje em dia, empregos com carteira assinada e todos os benefícios garantidos estão cada vez mais escassos. Contudo, para o profissional competente, não falta trabalho.

Hoje, os melhores espaços e oportunidades surgem para o profissional empreendedor, que tem iniciativa e, muitas vezes, entende que montar a sua própria empresa pode ser a melhor maneira de aproveitar as oportunidades disponíveis. Contudo, muitos preferem emprego fixo, com carteira assinada, mesmo que para isso assumam funções totalmente incompatíveis com a atividade de relações públicas.

O profissional que deseja atuar como relações-públicas precisa além de ter tido uma boa formação acadêmica ter como objetivo a permanente ampliação da qualificação do currículo. Há uma necessidade premente de qualificação e experiência profissional.

Na contemporaneidade, diversas áreas estão sendo abertas e apontadas para o exercício das relações públicas, a área de meio ambiente, com os programas de comunicação social impostos as organizações com condicionantes exigidas pelos órgãos ambientais, a área de saúde na atuação em hospitais, clínicas, no terceiro setor, nas ONGs que defendem as mais nobres causas sociais e ainda no âmbito acadêmico, no ensino, atuando como professor, ou, especificamente, na dedicação de pesquisas dos temas relacionados com a atividade.

Concluímos que quando há uma percepção e comprovação de que o mercado de trabalho está aberto para o exercício da atividade e que as relações públicas tem um valor inestimável para a construção e manutenção dos relacionamentos da organização com os seus públicos estratégicos, se note que o problema não está e nunca esteve definitivamente com as relações públicas, mas com os indivíduos que exercem a profissão.

Essa é uma questão essencial e necessita ser mudada. A propagação equivocada de um mercado retraído e não reconhecido pela sociedade, a falta de auto-estima e pró-atividade dos estudantes e profissionais, além da fragilidade do Sistema Conferp - Conselho Federal de Relações Públicas, que não atua de forma efetiva para o fortalecimento das relações públicas, são questões que podem determinar o futuro da profissão.

Cabe a nós, profissionais de relações públicas, deixar de lado idiotices como a recente declaração preconceituosa do professor da FACAMP, que não vale a pena sequer citar o nome, ou os casos de falta de conhecimento a respeito das práticas da atividade constantemente percebida nas novelas globais, e enxergarmos o valor e a importância da nossa profissão, não somente para o futuro, mas também no contexto atual das organizações contemporâneas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

#ILoveRP Texto 4 - O mercado de relações públicas na atualidade e a exigência por competência profissional (por Márcia Carvalhal)

O mercado de relações públicas na atualidade e a exigência por competência profissional

Márcia Carvalhal
Relações-públicas, professora universitária.

Na contemporaneidade torna-se evidente que o exercício da atividade de relações públicas é absolutamente necessário nas organizações. Mas nem sempre é praticado por profissionais qualificados para tal. Entendemos, contudo, que o mercado está cada vez mais competitivo, seletivo e exigente, provocando uma feroz disputa por espaço.

Recentemente, a informação da não exigência do diploma de jornalismo fez surgir discussões e reflexões por parte dos profissionais de relações-públicas sobre a verdadeira importância da competência e da qualificação para assumir o cargo de gestor de comunicação e relacionamentos nas organizações, independente da apresentação do título de bacharel em Comunicação Social e suas habilitações.

Hoje em dia, a concorrência para assumir as chefias nos setores de comunicação comprova os dilemas da realidade de mercado em que os mais competentes ou até mesmo os menos capacitados que poderão ser um jornalista, um publicitário, um administrador e até mesmo um advogado ou engenheiro e não somente um relações-públicas poderá ter a incumbência e direito, adquirido pelo processo de escolha da alta direção da organização, de gerir o seu setor de comunicação.

Na Lei de Mercado não há argumentos objetivos que afirmem que uma Assessoria de Comunicação necessita ser gerida apenas por profissionais de relações públicas. Não há como alterar o que existe na estrutura pública ou privada para definir que Relações Públicas é quem faz Assessoria de Imprensa, por exemplo.

Compreendemos então que na atualidade, a conquista pelos espaços para o exercício das relações públicas precisa ser gradativa, construída com bases sólidas e pautada na ética e valores morais que permeiam a atividade que tem como objetivo o equilíbrio de interesses entre a organização e seus públicos estratégicos.

Há a necessidade do desenvolvendo do espírito crítico sobre a atuação do profissional de relações-públicas. Para isso é preciso levar em conta que muitas questões importantes não podem ser mudadas repentinamente como no caso das assessorias que são montadas com profissionais não habilitados em Relações Públicas, mas os concursados para determinados órgãos públicos que não exigem o registro.

No momento contemporâneo a atividade de relações publicas vem ganhando muita visibilidade por parte das grandes e médias organizações. Amplia-se o mercado de atuação da atividade independente de estar ou não no cargo de chefias.

As perspectivas de atuações são diversas no primeiro setor (governo), segundo setor (empresas) e terceiro setor (ONGs). No primeiro setor abre-se espaço para trabalhar nas Assessorias de Comunicação, nos Cerimoniais, nas Assessorias Parlamentares, no Apoio ao Executivo, como Porta-voz, dentre outros locais.

No Segundo Setor pode se trabalhar nas indústrias (setor primário), no comércio (secundário) e na área de serviços (terciário). Já as perspectivas de atuação do Terceiro Setor, existe um mercado de trabalho em franca expansão para atuar nas Associações, Sindicatos, Igrejas, Fundações e OSCIPs.

É necessário ressaltar que o importante são as funções exercidas e não o pleito do cargo maior de chefia. Essas são discussões menores num universo de oportunidades que surgem para o exercício e visibilidade das relações-públicas.   

Hoje em dia, muitos estudantes e profissionais mantêm uma visão distorcida da profissão de relações-públicas. A propagação negativa da afirmação de uma possível escassez de mercado para a área e o apontamento equivocado de um não reconhecimento por parte dos empresários e sociedade de um modo geral faz com que se crie uma “cultura” da lei do mínimo esforço e de mudança de área.

A atividade sempre terá um grande valor. Mas compreende-se que a elevação da auto-estima das pessoas que escolheram as relações públicas como profissão, está diretamente ligada também ao aprofundamento do conhecimento sobre a atividade.

Sabemos que para o exercício das relações públicas e a sua defesa tanto na academia quanto no mercado é preciso o entendimento sobre o assunto e mais que isso a capacidade de praticar a atividade de forma eficiente. 

A dúvida é: será que os pessimistas no que diz respeito a atividade de relações públicas  são competentes para exercê-la ou utilizam as palavras negativas para encobertar a sua própria incapacidade?

A verdade é que as relações públicas cresceram muito na atualidade. Para quem já veio de um período em que a atividade estava diretamente ligada a ditadura militar, hoje, estamos, gradativamente, nos libertando deste vínculo negativo. Na época, enquanto os jornalistas eram os heróis que estavam lutando do lado do povo sofrido, os relações-públicas estavam consolidando o discurso dos ditadores.

Mas, depois disso, vieram muitos créditos contabilizados para a atividade. Profissionais de renome como Vera Giangrande, Cândido Teobaldo, Roberto Porto Simões e Margarida Kunsch, e mais recentemente Marcello Chamusca, Carolina Terra, dentre muitos outros, elevaram as relações públicas e mostraram o seu valor para a sociedade.

sábado, 4 de dezembro de 2010

#ILoveRP Texto 3 - Um Olhar sobre as Relações Públicas na atualidade (por Marcos da Cruz Santos)

Um Olhar sobre as Relações Públicas na atualidade

Marcos da Cruz Santos[1]

Relações Públicas é uma área da comunicação que nos permite fazer correlação com diversos campos do conhecimento, porém muitos estudantes e profissionais acreditam que apenas conhecendo a literatura de RP é o suficiente para se destacarem na sociedade, o que a meu ver um ledo engano.

Para que o profissional possa propor, sugerir ou implantar políticas de comunicação, eles devem avaliar aspectos que fogem do âmbito técnico e especifico comunicacional, é necessário conhecer as organizações considerando os fatores culturais, políticos, sociais, financeiros e até mesmo religiosos, haja vista que algumas instituições, tem suas regras, procedimentos ou valores pautados em determinados dogmas.

De maneira clara e simples é possível fazer a seguinte analogia: Um medico, ele não receita um medicamento para uma determinada doença sem antes fazer o diagnostico, sem investigar os sintomas, o histórico do paciente. Feito isso, prescreve-se o medicamento. Da mesma forma que não receitaria o mesmo medicamento para outro paciente, apenas pelo fato de ter sintomas semelhantes, cada paciente reage de maneira diferente. O mesmo acontece nas organizações seus procedimentos, normas, valores, são diferentes umas das outras, dessa forma deve-se adotar estratégias de comunicação que se adapte ao contexto, as peculiaridades do todo organizacional. Dito isso, é necessário usar fontes não só das Relações Públicas, mas também da sociologia, antropologia, filosofia para entendermos as instituições e os públicos a elas ligados.  

Como já foi dito anteriormente as relações Públicas “bebe” de outras fontes do conhecimento, por isso o profissional ou acadêmico de RP deve ler, conhecer e trocar conhecimento com as diversas áreas, não só quando necessário, mas de maneira constante e continuada. Desse modo o profissional ampliara o seu lastro de conhecimento e conseqüentemente sua visão a respeito do mercado e sua inserção nele. Conhecendo conceitos, idéias ou literaturas de áreas correlatas as Relações Públicas acredito que podemos acompanhar a tendência da “multifuncionalidade profissional” imposta hoje pela empresas, ou seja, o profissional deve ter “q” a mais. Com isso não afirmo que devemos dominar todas as áreas ou fazer tudo, apenas sinalizo para a realidade atual das organizações, cuja a ótica é, produzir mais, num curto espaço de tempo e com um custo relativamente baixo, e no caso de um profissional de relações públicas não é diferente,  a iniciativa privada procura profissionais de visão ampla , que possam incorporar outras funções e que não onerem tanto sua receita. A título de exemplo os profissionais de RP que, planejam e operacionalizam ao mesmo tempo os programas, ações ou projetos de comunicação. Logo esse cenário ou contexto, não nos permite determinar uma literatura apenas de RP, mas usar literaturas distintas a serviço das Relações Públicas.

É fato que no Brasil, há um desconhecimento das Relações Públicas não só nas organizações, mas também da população de um modo geral. Acredito que isso ocorra por fatos que encontramos da própria história da profissão e do fazer e ser relações públicas em nosso país.
E tais fatores históricos desencadearam no atual cenário que está caracterizado da seguinte forma:
  • Os relações-públicas ocupam poucos lugares de destaque ou notoriedade nas organizações, e quando alcançam determinados cargos muitos não se intitulam como RP`s;
  • A falta de discernimento das competências e habilidades do profissional e os benefícios que ele pode oferecer as organizações;
  • A falta de posicionamento no que diz respeito a consciência de classe dos profissionais, pois quando um grupo se posiciona em prol de uma causa, seja com o objetivo de disseminar informações , reivindicar ou protestar contra algo, tem muito mais credibilidade e eficácia de alcançar suas metas do que individualmente.
Esse desconhecimento das Relações Públicas deve ser encarado como uma oportunidade e não como um problema, pois se ele existe cabe aos profissionais da área e as instituições que os representam, reverter essa situação através de ações periódicas e continuadas e dessa forma derrubar a ignorância da população com relação as Relações Públicas. Neste aspecto vale lembrar o que diz a professora Maria Aparecida Ferrari “que nós temos o papel educativo, e paulatinamente, de maneira leve, sem sermos agressivos ir munindo nossos pares e gestores sobre o trabalho dos RP`s até que a instituição reconheça a sua importância.

Na contemporaneidade os estudantes de comunicação entram nas universidades achando que ao concluírem o curso de graduação serão contratados por uma empresa conhecida nacionalmente, e terão uma sala com direito ao nome gravado numa placa na porta, isso seria o ideal, porém a atual conjuntura o que observamos são vagas cada vez mais escassas, a concorrência acirrada e, sobretudo, uma remuneração a quem do que o profissional deve receber. Sem contar que dos que estão empregados, a maioria estão em cargos operacionais.

Neste cenário faz-se necessário inovar buscando alternativas de se inserir no mercado, o que não é difícil quando falamos das Relações Públicas, pois é um campo de inúmeras possibilidades, e que ainda não foram desbravados:
Os profissionais de RP têm uma larga vantagem sobre as outras profissões por que:
1º sua matéria prima é informação e está é presente em qualquer que seja a organização;
            2º Ele usa o recurso da persuasão, e é hábil ao usá-lo;
            3º Atua como mediador das relações públicos/organizações. 
 Baseado nessa tríade de maneira simples, porém coesa, vamos analisar a importância da atuação do profissional dentro das organizações.

Informação é a essência para que as organizações desenvolvam seus procedimentos, produtos, serviços, normas, regras, missão, visão, valores, e resultados. Persuasão deve dominar esse recurso para convencer os públicos de interesse de uma instituição, salientando que o persuadir neste caso esta aliado comprovação de que o objeto, tema ou matéria cujo profissional deseja convencer é realmente importante, e que tudo que for feito será com foco no equilíbrio de interesses, ou seja, todos ganham.

O mediador das relações, este talvez seja o cerne ao meu ver das atividades dos relações públicas, pois é através do entendimento, percepção desses relacionamentos entre os diversos públicos, que o profissional consegue aperfeiçoar procedimentos, gerir crises ou conflitos e até mesmo melhorar as condições do ambiente organizacional. Também é fundamental na efetivação de associações ou parcerias com outras organizações.

O RP empreendedor

Com a escassez dos empregos formais e o aumento do número de profissionais de RP no mercado, torna-se mais difícil a inserção. Dessa forma requer do relações públicas um perfil cada vez mais proativo, perseverante e, sobretudo, com visão de futuro bem aguçada. Não podemos deixar de fora do contexto a capacidade de liderança. Estamos falando do RP empreendedor, aquele que diante das adversidades e dos momentos de crise enxerga oportunidades. O campo das Relações Públicas propicia esta postura empreendedora, pelo fato de ter uma ampla área de atuação, o que faz com que os profissionais adotem posicionamentos diferenciados, alguns trabalham em órgãos públicos, outros enveredam no setor privado. Existem aqueles que não estão ligados diretamente a nenhuma dessas organizações, mas estão inseridos no mercado como consultores, assessores de comunicação que prestam serviço por um determinado período.  

Acredito que outra forte tendência das Relações Públicas será no segmento do empreendedorismo, através de iniciativas que estejam na van guarda criando negócios inovadores, principalmente no setor de serviços.

Referências
Simões, Roberto Porto Relações Públicas: função política. São Paulo 1995.
Ferrari, Maria Aparecida, durante o ensino na Pós-graduação em Gestão Estratégica em Relações Públicas EGERP, em Salvador Bahia, 2009.


[1] Graduado em Relações Públicas pela Universidade Salvador – UNIFACS
Pós-graduando Gestão Estratégica em Relações públicas na Faculdade Batista Brasileira - FBB, Salvador Bahia.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

#ILoveRP Texto 2 - Por que fazer Relações Públicas na atualidade? (por Jaciane Marques)


P.S.: Antes do próximo texto, relembramos que o prazo de envio dos textos foi prorrogado até dia 08/12. Clique aqui e veja como participar desta ação!

POR QUE FAZER RELAÇÕES PÚBLICAS NA ATUALIDADE?

Jaciane Marques
Relações-públicas, atua na fábrica de chocolate Duffy.
marquesmeira@hotmail.com

A nossa missão como profissionais de Relações Públicas é cada vez mais importante, diante o cenário atual, embora várias empresas ainda não tenha esta percepção.
Na contemporaneidade é fundamental que as empresas estudem seus públicos e seu relacionamento com os mesmos, para que ocorra progresso entre as partes.
Os públicos são essenciais para o desenvolvimento institucional, podendo causar danos ou não dependendo do relacionamento estabelecido.
Como Relações Públicas, estudamos e assumimos posições de divergências que envolvam questões de relacionamentos nas empresas, para encontrar soluções que seja favorável para ambos os lados, nosso caminho é traçar uma boa comunicação, estudar os públicos e também a estrutura da organização.
O bom relacionamento nos ajuda em questões que às vezes pode parecer simples, mas que pode causar grandes transtornos institucionais, como uma crise. É importante ter o profissional de Relações Públicas antes de acontecer este momento, ou seja, não pode ser tipo aconteceu algo ruim chama o “apaga fogo”, este trabalho já tem que existir como prevenção, para amenizar ou mesmo para que não aconteça.
Construímos relacionamentos e mantemos, através de planejamento, interagimos socialmente o que é objeto da nossa atividade, somos parte do processo, equilibramos interesses entre as empresas e seus públicos, o que de uma forma não visível é transformado em valor monetário, embora estejamos longe de sermos vistos dessa forma.
O relacionamento ocorre, portanto, com públicos constituídos pela estrutura social ou organizacional. Segundo Fábio França (2004, p.100).

o principal objetivo do relacionamento organização-públicos sustenta-se por interesses institucionais, promocionais ou de desenvolvimento de negócios como sucede com os colaboradores, clientes, fornecedores, revendedores e demais públicos ligados às operações produtivas e comerciais da organização.

Com muita velocidade, estão acontecendo mudanças na sociedade e as empresas precisam ficar atentas, uma delas é a comunicação estratégica. Nesse sentido, os profissionais de Relações Públicas, estão cada vez mais dentro desse processo, pois faz parte da nossa formação.
As organizações se deparam com situações diferentes a cada dia, porém não podem fugir dos seus valores e missões, devem encontrar soluções para os problemas dentro do seu padrão e ser transparente. Para que as empresas tenham um caminho promissor, deve ter boas relações comerciais e interagir com seus públicos, isso acontece quando se deixar fluir através do diálogo entre as partes, habilidades que são estudadas e aplicadas pelo profissional de Relações Públicas.         
Um dos nossos desafios constantes consiste em fazer e manter bons relacionamentos, conquistar a confiança dos públicos é fundamental para se ter credibilidade no mercado. Comunicar sempre fazendo uso da verdade nas informações passadas é muito importante na construção de uma boa reputação institucional.