quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Em pleno século XXI, Carrefour abandona e-commerce

Por Manoel Marcondes Neto



Um informe de 1/4 de página de jornal intitulado "Grupo Carrefour comunica" deu conta de que o Carrefour "suspendeu, em 7 de dezembro, suas atividades de e-commerce".

Um espanto!

Alegando que a medida seria consequência de um plano de reestruturação adotado dois anos antes, o informe acrescentava o seguinte bla'-bla'-bla': "o posicionamento estratégico do Carrefour perante o crescimento da nova classe média; além do desenvolvimento de novos formatos para atender o mercado local...", para encerrar, melancolicamente, prometendo que honraria "todas as entregas de produtos referentes às compras realizadas no site, bem como demais suportes que seus clientes venham a precisar".

Bem, eu estou mesmo precisando de um suporte para TV de plasma de 70 polegadas...

Como é que é?

Então, segundo o Carrefour, a "crescente" nova classe média não usa internet para comprar. Entendi certo? E "novos formatos", nesse caso, são quais? Caderneta de anotações como as da velha mercearia de bairro? Fio do bigode? Tambores para "atender o mercado local"? Sinais de fumaça? Come on, Carrefour, conta outra!

De volta para o... passado.

Abandonar a plataforma digital de vendas em pleno século XXI, quando crianças de 2 anos manipulam tablets, a padaria da esquina tem call center e compra-se flores - vivas - para entrega noutro continente, parece - e é - uma derrota.

E parece também, até, que a operação brasileira do Carrefour confiou nos planos de fusão com o rival Casino via proposta amalucada do ex-controlador do Pão de Açucar. Deu nisso.

Um comentário:

  1. [Esqueci de acrescentar o fechamento]: Fala sério! Os clientes do Carrefour mereciam mais respeito. E os não-clientes também. Respeito, se não ao bolso, pelo menos à inteligência. Fui... pro concorrente.

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