quinta-feira, 3 de maio de 2012

Comunicação e Independência da Internet: é possível?

Para começar este post, podem-se imaginar os três seguintes cenários: um funcionário vai apresentar um relatório sobre o balancete da empresa, e o formato da apresentação está, por exemplo, no modelo 2007 do Microsoft Power Point. Porém, na hora da reunião, descobre-se que o computador da empresa está no modelo 2003, sem atualizações. Para piorar, não se possui outra alternativa, nem um outro notebook para se reverter a apresentação. Como lidar com esta situação?

Agora, como seria a situação acima, de uma apresentação importante, com um fator que agravasse a situação: acabou a energia do local escolhido, restando apenas a visualização dos slides na pequena tela do notebook ou tablete, o que prejudicaria a evolução da explicação. Como lidar?

Terceira cena: quando muitas pessoas abrem o computador e descobrem que não conseguem se conectar à Internet, é como se aquele dia, ou aquelas horas, fossem tempos perdidos, pois, com o avanço das comunicações, o meio digital se tornou uma fonte concreta de informação e de entretenimento, a ponto de algumas pessoas não saberem o que fazer diante da impossibilidade, ainda que temporária, de se comunicar por este meio.

Mas seriam totalmente justificáveis estes motivos para se depender tanto do mundo digital? E se o profissional de Comunicação não tiver estes recursos nas mãos, ou perde-los, por alguma eventualidade, como lidar com esta situação?

Muito se diz que a rede mundial de computadores se tornou imprescindível para o trabalho, o lazer e o estudo, e que saber usar os aplicativos é importante para qualquer profissional, seja em que área atuar, poder evoluir e disputar condições mais favoráveis no mercado de trabalho. Estas afirmações, categoricamente, são válidas. Entretanto, até que ponto o profissional de comunicação precisa ser totalmente dependente dos meios eletrônicos, principalmente quando aqueles casos do início acontecem?

Contar com um “plano na manga” off-line e chamativo é uma das melhores saídas para se contornar os problemas nos meios eletrônicos. Filipetas com palavras-chave importantes, notícias de jornais impressos sobre o assunto a ser tratado, dinâmicas com materiais simples - a fim de absorver a atenção do público – e o fator mais importante: a capacidade do profissional de improvisar sem improvisar.

Sim, este aparente paradoxo é válido, porque, quando a pessoa sabe o que vai apresentar e o conteúdo a ser passado, o imprevisto acaba no momento em que se descobre o obstáculo e, então, o emissor da mensagem só precisa reformular a apresentação para poder passar, de maneira verbal, o conteúdo do slide (ou das anotações contidas no computador) e as informações adicionais. Logicamente, alguns conteúdos, como vídeos e figuras digitalizadas, não são muito viáveis nesta situação inesperada, ainda mais se não tiver nenhum computador disponível. Porém, esse tipo de improviso citado pode salvar uma situação que estava prestes a ser perdida.

Portanto, é necessário entender que o computador é uma máquina, idealizada pelos Homens, que devem controlá-la e utilizá-la como melhor aprouver, e não o contrário, com a escravização dos indivíduos pelos computadores.

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