quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os caminhos das Relações Públicas no empreendedorismo

Uma das palavras que se encontra em evidência nos últimos anos é o chamado empreendedorismo. Segundo o "pai dos burros", o dicionário Michaelis on-line, empreender significa "resolver-se a praticar", executar, delinear certa situação, realizar algo, ter apreensões contínuas acerta de algum contexto. Na prática organizacional, ser empreendedor é ser uma pessoa que não tem medo de se arriscar e de lançar algo novo, seja uma ideia, um conceito, uma empresa ou outra estrutura, mas sempre se utilizando de criatividade e de inovação.
Na esfera comunicacional, este comportamento não pode ser diferente, afinal de contas é, muitas vezes, graças ao trabalho destes e de outros profissionais que a arte do empreendedorismo se realiza plenamente, inclusive utilizando-se de técnicas de Relações Públicas que precisam ter, dentre outras qualidades e requisitos, esta visão empreendedora.

Aliás, esta sigla RPE (Relações Públicas Empreendedoras) pode ser justificada baseando-se no contexto abordado pelas autoras Ana Carla Gagioni, Kay Zampieri de Figueiredo Tostes, Mariani Rufino Orthmeyer e Suellen Ramos Gouveia no artigo A atuação das Relações Públicas em empresas empreendedoras: estratégias de comunicação para a consolidação dos negócios (2003, p. 03-04):

"As Relações Públicas já são por si só uma atividade com espírito empreendedor. Cabe ao profissional desenvolver uma visão estratégica, utilizando a criatividade, inovação e iniciativa, assumir riscos calculados, sem temor de fracasso e rejeição, pois com seus erros e experiências adquire novos conhecimentos e desenvolve uma autoconfiança essencial para se lançar no mundo dos negócios.
Além disso, as Relações Públicas empreendedoras são capazes de auto-motivação, relacionada com desafios e atividades que acreditam, entusiasmando-se com idéias e projetos. São voltadas para o trabalho em equipe, delega responsabilidades e acredita nos membros, buscando sucesso nos resultados efetivos que as suas estratégias produzem."

Mesmo ainda cursando a graduação, os futuros relações-públicas já podem exercitar a "arte" de empreender, por exemplo, pela sua inserção nas empresas juniores existentes na faculdade. Para Mariana Carareto Alves, integrante da Diretoria de Projetos da Empresa Júnior de Relações Públicas (RPjr) da UNESP Bauru, o empreendedorismo é prática constante na faculdade e possui um vínculo muito forte com a versatilidade do profissional e o exercício de trazer inovação à prática comunicacional.

"Ser empreendedor é possibilitar as mais diversas oportunidades para alcançar o sucesso. O relações-públicas se torna um a partir do momento em que, de forma inovadora, consegue produzir idéias, elaborar estratégias, planejar, realizar ações capazes de transformar a comunicação efetivamente.
Nós, estudantes e profissionais de Relações Públicas, de um modo geral, temos em nosso perfil o empreendedorismo. Desenvolvemos essa característica constantemente na faculdade, no estágio, na profissão para que em nosso trabalho do dia-a-dia saibamos a melhor forma de lhe dar com as diversas situações que nos deparamos no mercado."

Portanto, para quaisquer profissionais que anseiam ser empreendedores, é necessário, utilizando-se da colocação acima, possuir uma vivência profissional, seja dentro ou fora dos muros da faculdade, para entender as situações que virão nos anos após o término do curso e, assim, poder enfrentá-las de forma mais consciente e segura.

Para que se possa entender melhor sobre o papel do comunicador-empreendedor e o seu perfil, o portal Nós da Comunicação produziu, em fevereiro de 2009, um vídeo em que o jornalista Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do grupo Estado, explica um pouco desta coragem de empreender, que exige paixão pela independência (não só jornalística, mas de criação e de planejamento de ideias). Mesmo sendo a fala de um jornalista, é importante entender como se traduz o pensamento de um comunicólogo acerca de sua visão empreendedora.

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