sexta-feira, 16 de agosto de 2013

RP Voluntário - Jornada Mundial da Juventude

Por Barbara Lima*

Jornada Mundial da Juventude Rio 2013: uma ótima oportunidade para crescer no sentido pessoal e profissional. Antes mesmo de escolher relações públicas, já havia decidido participar de um acontecimento desse sob o olhar de quem ajuda a fazer acontecer, e foi o que concretizei no início do ano quanto recebi o email de confirmação para trabalhar na equipe de voluntários.

Com a bagagem de "bixete" e recém veterana de graduação, fui para o Rio sem expectativas, somente com o engajamento de aprender e observar como algo de proporções tão grandiosas poderia acontecer e dar certo. E deu, “entre mortos e feridos”.

O que aprendi que vou levar para o resto da minha vida profissional foram dois pontos principais: motivação do apoio e efetivação da comunicação interna. O primeiro deles julgo ter sido o mais importante porque fiz parte da equipe, que não foi pequena – apenas 60 mil voluntários inscritos-, e que precisa primeiramente de preparo psicológico.

Apesar de ser apoio e de ser muito necessário uma grande mobilização de pessoas em eventos, quem não está preparado para viver situações desconfortáveis e estressantes podem colocar a imagem do evento abaixo. Foram inúmeras situações que presenciei de voluntários grossos, de cara fechada, que queriam participar do evento (indignação, porque eles estavam ali para fazer tudo funcionar para o bem estar do público), que julgavam ser melhores do que outros voluntários, enfim, diversos pontos.

Constatei que pra solucionar isso, é imprescindível a presença de líderes. Não podemos confiar no bom senso e ética das pessoas, pois como todo bom RP sabe que evento é um dos maiores desafios tanto da organização quanto do restante da equipe e público, pois é sempre recheado de imprevistos e insatisfações. Portanto, sempre que existir a equipe de apoio é preciso da assistência de coordenadores para cada área, porque é sempre mais seguro ter o exemplo e o olhar em alguém que saiba contornar situações mais complicadas, assegura a postura correta dentro do evento e o mais importante: motiva as pessoas a darem toda a sua boa dedicação em algo que não tem retornos materiais específicos. Vale lembrar que todo o reforço é garantido, já que o público tem a impressão da postura das pessoas que são “a cara do evento”.

O segundo ponto diz respeito à unidade da informação. Principalmente nesse caso, onde o evento abrangeu mais de milhões de pessoas e interferiu uma cidade inteira e tendo em vista a grandeza da equipe de apoio, é extremamente necessário que todos saibam o que está acontecendo. Além do que é comum o destaque para quem está trabalhando, que automaticamente se torna um referencial para perguntas e dúvidas do público participante.

Uma falha específica da JMJ foi confiar na tecnologia móvel. É comum nos enganarmos com a suposição de que num mundo tecnológico e virtual todos têm acessibilidade à smartphones e internet. Isso acarretou certos desesperos por parte de alguns voluntários, frisando que quase que a sua totalidade estava fora de suas casas. Portanto é sempre bom ter alguma outra alternativa fora essa.

Por fim, posso ressaltar que o grande ícone do evento foi o Papa, que por si só cativou todo o público. A intenção do evento e sua essência também garantiu que algumas insatisfações fossem “perdoadas”, mas precisamos sempre garantir a boa imagem perante o público. Da parte pessoal, não preciso comentar que foi sucesso, além do que poder conhecer e agregar o mundo inteiro em um mesmo local foi como ter a sensação de fazer milhares de intercâmbios ao mesmo tempo. Foi incrível!

E ter sido uma voluntária RP me fez ter mais certeza ainda de que essa área é fascinante e que lidar com os públicos é realmente uma arte que sempre traz ótimos retornos!

* Barbara Lima é graduanda de Relações Públicas pela Unesp Bauru, trabalhou como diretora de Qualidade na Empresa Júnior de Relações Públicas – RPjr e atualmente está no projeto de extensão Núcleo de Relações Públicas na TV Unesp e no time de Vendas de Intercâmbios Corporativos na Aiesec. No último semestre, trabalhou na equipe de organização de infraestrutura do Intercom Sudeste. Já foi voluntária do Unati em Bauru dando aulas de informática para idosos.

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Um comentário:

  1. Sem nenhum desprezo a teoria das comunicações, a pratica nos revela e faz vivenciarmos uma complexa natureza de experiência de vida.
    É a fonte principal do profissional de comunicação. Toda pratica é viavel respeitando o conceito de maturidade.

    Barbara parabéns pelo seu depoimento. Foi um inicio brilhante.

    Grande beijo.

    Papys Tiamo.

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