Começando este post do blog com uma pergunta: quem gosta de ser criticado em público por alguma derrota obtida na vida ou por alguma decepção que causou a alguém? Muitas pessoas não gostam de ser ridicularizadas em público ou de serem incomodadas por outros, como, por exemplo, as "cutucadas" existentes na rede social Facebook. Mas tem pessoas que desejariam esta intervenção nas redes sociais e se desesperam por isso.
Uma matéria divulgada na última sexta-feira, dia 26 de agosto, pelo Portal Exame mostra cinco personalidades que não possuem esta vergonha de serem ridicularizados por situações específicas de suas carreiras. Para focar o objeto de estudo num destes artistas, quem não se lembra, por exemplo, das danças e das poucas falas do Cigano Igor, personagem de Ricardo Macchi na novela Explode Coração, exibida pela TV Globo?
A montadora Fiat se utilizou da estatura física do ator - 1,90m -, inversamente proporcional ao número de sucessos de sua trajetória artística (na realidade, foi apenas uma novela de sucesso), para compará-lo com o ator Dustin Hoffman que, com os seus 1,65m de altura e 68 filmes no seu currículo, possui renome internacional e papeis de destaque em filmes como Perdidos na noite, A louca corrida dos milhões e A primeira noite de um homem.
Esta relação serve para reposicionar o carro Cinquecento no mercado, para dizer, segundo outra matéria também publicada no Portal Exame, que, assim como um ator não precisa ser grande para demonstrar seu talento, "não é preciso ser grande para ser um ‘carrão’, já que o novo Cinquecento, apesar de pequeno, é um exemplo de sofisticação, tecnologia, bom gosto e qualidade.". A seguir, está o vídeo do comercial produzido pela agência O2 e leva a assinatura do cineasta brasileiro Fernando Meirelles.
Além deste vídeo, a matéria citada anteriormente mostra, como outros exemplos deste tipo de publicidade, comerciais com os cantores Byafra e Beto Barbosa, com o jogador de futebol Túlio Maravilha e com o lutador de MMA Anderson Silva. Todos mostrando particulariedades estranhas e, segundo muitas pessoas, até cômicas de suas carreiras esportivas e musicais. Mas o que leva uma pessoa a rir de si mesmo, e de situações embaraçosas que viveu, com tanta naturalidade, e o que move a publicidade para mostrar isto?
Decerto, esta forma de comunicação mostra estas situações como um incentivo aos receptores que, diante de todos os problemas, podem se identificar com os dos protagonistas do comercial e com o modo paciente e até engraçado destes de lidar com as situações, sem constrangimento algum. É a publicidade auxiliando na construção ou desconstrução da autoimagem das pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário