sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Marketing de relacionamento nas organizações - Ouvir mais e falar menos

Por Maíra Masiero

Muitas pessoas já devem ter visto que, no começo do mês de outubro, houve uma situação praticamente inédita na televisão brasileira: um comentarista do programa esportivo Esporte Cidade, de Teresópolis (Rio de Janeiro), durante a exibição dos placares do campeonato local de futebol, abandonou o cenário, após uma fala áspera, alegando que ninguém o deixava comentar, o que deixou o apresentador sem entender nada. A seguir, veja o vídeo desta situação constrangedora (com palavrões e tudo o mais):



O fato inusitado gerou uma grande repercussão, sendo divulgado no Redação Sportv (canal homônimo) e participando do quadro Top Five, do CQC (Rede Bandeirantes). Porém, apesar de ser algo até engraçado, esse episódio alerta para um perigo grande que precisa ser evitado nas organizações, no relacionamento entre funcionários e no da empresa com seus públicos: a arte de falar muito e ouvir pouco.

Há um excerto da sabedoria popular que afirma que as pessoas têm dois ouvidos e uma boca justamente para filtrar mais o que se fala e o que se diz, para só falar aquilo que é necessário. Isto não quer dizer que as pessoas precisam entrar mudas e sair caladas (usa-se mais uma fala popular), mas um equilíbrio entre essas duas atitudes fazem a diferença na vida pessoal e profissional.

Um exemplo desta importância está nas entrevistas de emprego, quando os entrevistadores perguntam tudo aquilo que é necessário saber para contratar (ou não) um candidato: o equilíbrio dito anteriormente entre ouvir e falar acarreta num grande passo para a conquista de um serviço

Com as empresas, é o mesmo procedimento, principalmente no âmbito da comunicação externa: é necessário abrir mais portas de relacionamento entre ela e os públicos, deixando-os opinar mais sobre alguns assuntos específicos, e dando as devidas explicações quando é necessário. Assim, acontece com maior eficácia o que é chamado de marketing de relacionamento, principalmente no contexto digital, nas mídias sociais, como o professor Marcelo Miyashita mostra neste vídeo a seguir.



Portanto, é nítida a importância de analisar o que se ouve com atenção, ouvir mais o que as pessoas / o contexto global têm a dizer e falar somente o necessário para que os amigos (ou colegas de trabalho ou, ainda, clientes em potencial) não se distanciem com raiva e não queiram mais saber da pessoa ou marca, assim como fez o comentarista esportivo.

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