Não faz muito tempo em que as lojas estavam mais cheias, por conta dos festejos natalinos. Com tanta variedade de produtos expostos nas vitrines, nos standes e nas prateleiras, como realizar uma campanha diferenciada para que os consumidores possam enxergar o produto com um diferencial a mais e, assim, poder comprá-lo e recomendá-lo a outras pessoas?
De acordo com o artigo Trade Marketing Mix: um estudo no âmbito das Empresas de Produtos de Consumo no Brasil, de Luciano Augusto Toledo et. al. (2010, p. 09), o termo Shopper designa um dos papeis em que o consumidor atua, o de escolher onde comprar o produto desejado. E a Praça, um dos famosos 4 P's do Marketing, possui um papel decisivo para a obtenção de lucro por empresários e comerciantes.
Mas como fazer com que o consumidor seja atraído no ponto de venda, para que o processo de compra se concretize? Um das estratégias é valorizar uma prática chamada Shopper Marketing. Rique Nitzsche, em seu artigo Por que Shopper Marketing? (jan. 2010), explica o surgimento desta nova variante do marketing e de como se torna importante (e eficaz, se for bem concretizada) esta prática para as empresas:
"Paco Underhill, um geógrafo urbano, começou a fazer pesquisas em ambientes de varejo e ficou surpreso com suas descobertas. Dirigiu sua atenção à psicologia ambiental, um campo disciplinar que estuda a reação humana ao seu ambiente, (...) Ele lançou alguns pensamentos que ficaram para sempre na prática do varejo. Criou a idéia da "experiência de compra" e apresentou-nos um novo consumidor ainda meio desconhecido, aquele que está dentro de uma loja e se transforma em um shopper (comprador). Ele descobriu que o consumidor imagina uma compra, entra em uma loja e se comporta de uma forma diferente da programada, então ele reuniu uma equipe de profissionais de ciências sociais, psicologia, antropologia, semiótica, marketing, comunicação e estatística para estudar como eles pensam e agem quando estão momentaneamente em um estado psicológico modificado."
A prática do Shopper Marketing se consolidou no Brasil em 2007 (mesmo sem o desenvolvimento pleno dos processos) e algumas marcas já se preocupam em manter equipes exclusivamente voltadas para esta função, como a Coca-Cola. O Portal Exame, no último dia 1º de março, mostrou algumas estratégias de empresas para que o consumidor se sinta atraído a consumir certo produto como, por exemplo, nas lojas que revendem brinquedos da marca Lego:
"Itens com preços mais baixos e valor agregado menor são postos ao alcance de crianças menores, para que tenham acesso aos brinquedos, estimulando os pais a adquiri-los. Já os produtos com preços mais caros são colocados na altura da visão dos pais, pois dependem de uma decisão de compra mais demorada."
Enfim, a prática do shopper marketing é ainda recente no Brasil, porém se torna necessária em vista a tantos tipos de produtos, de empresas concorrentes, que precisam ter uma diferenciação, e uma eficiente idealização e aplicação do ponto de venda pode fazer a diferença.
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