Por Manoel Marcondes Neto
Este é uma alerta a todos aqueles que querem uma imprensa “mais jornalística” e menos “jornalismo de assessoria”.
Foi aprovado, em 3 de maio último, o projeto de Resolução que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Jornalismo, bacharelado, faltando agora, apenas, a sanção ministerial.
A Comissão que tratou do mesmo tema para Relações Públicas, junto ao MEC, deveria, em minha opinião, posicionar-se CONTRÁRIA à seguinte redação do Artigo 4º., Item "G":
“Incluir, na formação profissional, as rotinas de trabalho do 'jornalista em assessoria' a instituições de todos os tipos.”
Ora, uma das mazelas - senão a pior - do jornalismo brasileiro (e das Relações Públicas brasileiras, por consequência) é o imoral exercício das duas profissões pelo mesmo indivíduo, ao mesmo tempo. O conflito de interesses dispensa mais comentários, pois é conhecido de todos.
Até o mais tosco dos cidadãos compreende que um jornalista a serviço de uma empresa, promove-a nas páginas, no ar, e no ciberespaço da imprensa, desservindo a isenção, a democracia, aos cidadãos, à própria imprensa como instituição e à cidadania corporativa, sempre colocada sob suspeição a partir do exercício de tráfico de influência.
Não existe - há muito tempo (como prova a modificação da denominação da Aberje) - "jornalismo empresarial".
JORNALISTA É QUEM TRABALHA EM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário