O conceito de folksonomia foi concebido por Vander Wal's e é citado por Maria Aparecida Moura no artigo Folksonomias, Redes Sociais e a formação para o tagging literacy: desafios para a organização da informação em ambientes colaborativos virtuais (2009, p. 32):
"[Folksonomia é] O resultado da livre codificação de informação e objetos (qualquer coisa com um URL) para a própria recuperação. A marcação é feita em um ambiente social (compartilhado e aberto a outros). A atividade de codificação é feito pela pessoa que consome as informações."
Resumindo, a folksonomia ajuda a idenificar e a promover uma nova classificação de documentos digitais, gerado por uma nova maneira de "rotular" um produto, um texto ou qualquer conteúdo, através de palavras-chave e tags (marcadores), como muitos blogs - o RPitacos é um deles - utilizam. E como a profissão e a prática de Relações Públicas pode se relacionar com esse processo?
O profissional de comunicação, quando utiliza-se das mídias sociais para compartilhar conteúdos de sua empresa/organização com os públicos desejados - sejam eles internos ou externos -, costuma realizar esta atividade de modo frequente e, às vezes, localizar uma notícia e um assunto se torna uma tarefa complicada sem esta "rotulação" através de tags.
Mas existem algumas desvantagens em utilizar e criar palavras-chave neste processo de folksonomia? Sim, mas elas estão relacionadas à utilização indevida deste processo por usuários, e não à estratégia em si. Um exemplo bem claro de folksonomia está no site de compartilhamento de vídeos Youtube, como mostra o artigo A folksonomia do YouTube, de Lúcio Siqueira Amaral Filho (2009, p. 09-10):
"O YouTube apresenta uma folksonomia estreita, visto que no momento em que o usuário envia um arquivo para o site ele tem a possibilidade de adicionar uma tag ao vídeo. Caso não seja adicionada nenhuma tag pelo usuário, automaticamente o nome do vídeo é utilizado como tag pelo YouTube.
(...)
Com isso, pode-se concluir que o processo de etiquetamento dos vídeos do YouTube apresenta um grande caráter subjetivo, visto que é o usuário quem decide o que deve ser importante o suficiente no momento de definir as tags a serem utilizadas. Esses usuários criam as tags com base numa possível futura busca feita por terceiros, para que seja mais facilmente encontrado o seu vídeo em meio a tantos outros presentes no site, ou seja, as tags são criadas para os outros."
E é com um vídeo esclarecedor sobre folksonomia postado no Youtube que se encerra este post.
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