quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Você estuda Relações Públicas e tem dúvidas sobre registrar-se ou não em seu Conselho Profissional?

Por Manoel Marcondes Neto

Uma boa maneira de começar o ano novo é esclarecendo algumas questões relacionadas ao nosso registro profissional no Conrerp de nossa região – um direito-dever de todo profissional relações-públicas.

O meu testemunho é positivo – e como anuncia o Itaú, isso muda o mundo! Afinal, é o boca-a-boca a melhor maneira de se divulgar algo - sobretudo uma causa, como a nossa.

Causa? Que causa, se a profissão já tem mais de 45 anos de criada?

A causa de um país mais civilizado! Quem escolheu formar-se em RP tem compromisso com isto! Porque só em um país realmente civilizado é que temos instituições. E só com instituições é que se demanda a nossa principal contribuição profissional: trabalhar para uma - boa - comunicação institucional.

Se não reforçarmos as instituições (que tal começar com a nossa própria?), esqueçamos as relações públicas. Elas são desnecessárias em ambientes que não prezam a transparência.

Nossa luta - para quem escolheu estudar RP - é muito maior que o "mundinho" da comunicação. Por isso temos crescido em importância no universo dos negócios - os gestores estão cada vez mais cientes das necessidades de relacionamento e reputação das organizações (ou seja, demandando nossas habilidades e competências específicas).

Nossa "briga" é com patrões que descuidam das boas relações internas, com gestores públicos que não estão nem aí para seu compromisso público para com o cidadão, com gestores privados que "se lixam" para o consumidor/usuário/cliente. E somos nós, no Brasil, relações-públicas, o último bastião antes da barbárie no setor das comunicações.

Gente sem escrúpulos - maus patrões e políticos "profissionais" - derrubou TODOS os regulamentos da área. Da necessidade do diploma de Jornalismo para exercício profissional até a lei de imprensa, que, mesmo com seus defeitos, previa o direito de resposta... um direito que já não existe mais! E derrubado pelo STF! E temos, ainda, um marco regulatório podre de velho, pois que de 1962 - intocado, defasado, do tempo em que não existia TV a cores, telefonia celular, internet, sms, redes sociais digitais...

Os "adversários" são muitos e muito poderosos? Melhor ainda! Para quem escolheu RP, isto deve ser estímulo, e não sinal de derrota. Ou então a pessoa realmente equivocou-se na escolha da carreira.

Nossa batalha é pela cidadania - e como eu sempre disse (quando dei a minha contribuição voluntária de 3 anos trabalhando no Sistema Conferp-Conrerp): "conselho profissional não existe para fazer qualquer outra coisa (que não a regulação da atividade) pelo profissional - isso é atribuição de sindicatos e associações - conselhos profissionais existem, sim, para proteger a cidadania do mau exercício profissional, e, no nosso caso, da má comunicação institucional - a comunicação pela metade, incompleta, que induz a erro de julgamento, da comunicação mentirosa, enganosa". E disso o Brasil está repleto, esperando que os errepês façam a sua parte. Profissional e ética.

Por sinal, ter um código de conduta ética é privativo das profissões regulamentadas. São só 61 em um universo de 2.511 ocupações listadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Um privilégio, pois. E o que vamos fazer com isso, com essa conquista? Deixar minguar por falta de compromisso com a profissão que escolhemos? Não acredito nisso.

Acredito, sim, que haja péssimos professores fazendo um péssimo trabalho na disciplina de "Legislação e Ética" nas faculdades. Por isso, um das razões mais fortes para mim na criação do Observatório da Comunicação Institucional, foi prover um instrumento a serviço desta disciplina e daqueles que têm que ministrá-la, colocando nossos estudantes a par do que é importante em termos legais.

A profissão de relações-públicas completará, em dezembro de 2014, 46 anos de regulamentação e 100 anos de existência no país. Que tal darmos a necessária "virada" agora, trazendo todo mundo para o Sistema?

Esse é o desafio, tanto de quem está dentro, acreditando, quanto de quem está fora - ainda com dúvidas sobre engajar-se nessa luta ou não. Para mim - registrado desde estudante (Registro P-256 - Conrerp1), a luta continua!


Feliz 2014 – Ano do Centenário de RP no Brasil – a todos!

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