Uma boa maneira de começar o ano novo é esclarecendo algumas
questões relacionadas ao nosso registro profissional no Conrerp de nossa região
– um direito-dever de todo profissional relações-públicas.
O meu testemunho é positivo – e como anuncia o Itaú, isso
muda o mundo! Afinal, é o boca-a-boca a melhor maneira de se divulgar algo -
sobretudo uma causa, como a nossa.
Causa? Que causa, se a profissão já tem mais de 45 anos de
criada?
A causa de um país mais civilizado! Quem escolheu formar-se
em RP tem compromisso com isto! Porque só em um país realmente civilizado é que
temos instituições. E só com instituições é que se demanda a nossa principal
contribuição profissional: trabalhar para uma - boa - comunicação
institucional.
Se não reforçarmos as instituições (que tal começar com a
nossa própria?), esqueçamos as relações públicas. Elas são desnecessárias em
ambientes que não prezam a transparência.
Nossa luta - para quem escolheu estudar RP - é muito maior
que o "mundinho" da comunicação. Por isso temos crescido em
importância no universo dos negócios - os gestores estão cada vez mais cientes
das necessidades de relacionamento e reputação das organizações (ou seja,
demandando nossas habilidades e competências específicas).
Nossa "briga" é com patrões que descuidam das boas
relações internas, com gestores públicos que não estão nem aí para seu
compromisso público para com o cidadão, com gestores privados que "se
lixam" para o consumidor/usuário/cliente. E somos nós, no Brasil,
relações-públicas, o último bastião antes da barbárie no setor das
comunicações.
Gente sem escrúpulos - maus patrões e políticos
"profissionais" - derrubou TODOS os regulamentos da área. Da
necessidade do diploma de Jornalismo para exercício profissional até a lei de
imprensa, que, mesmo com seus defeitos, previa o direito de resposta... um
direito que já não existe mais! E derrubado pelo STF! E temos, ainda, um marco
regulatório podre de velho, pois que de 1962 - intocado, defasado, do tempo em
que não existia TV a cores, telefonia celular, internet, sms, redes sociais
digitais...
Os "adversários" são muitos e muito poderosos? Melhor
ainda! Para quem escolheu RP, isto deve ser estímulo, e não sinal de derrota.
Ou então a pessoa realmente equivocou-se na escolha da carreira.
Nossa batalha é pela cidadania - e como eu sempre disse
(quando dei a minha contribuição voluntária de 3 anos trabalhando no Sistema
Conferp-Conrerp): "conselho profissional não existe para fazer qualquer
outra coisa (que não a regulação da atividade) pelo profissional - isso é
atribuição de sindicatos e associações - conselhos profissionais existem, sim,
para proteger a cidadania do mau exercício profissional, e, no nosso caso, da
má comunicação institucional - a comunicação pela metade, incompleta, que induz
a erro de julgamento, da comunicação mentirosa, enganosa". E disso o
Brasil está repleto, esperando que os errepês façam a sua parte. Profissional e
ética.
Por sinal, ter um código de conduta ética é privativo das
profissões regulamentadas. São só 61 em um universo de 2.511 ocupações listadas
pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Um privilégio, pois. E o que vamos fazer
com isso, com essa conquista? Deixar minguar por falta de compromisso com a
profissão que escolhemos? Não acredito nisso.
Acredito, sim, que haja péssimos professores fazendo um
péssimo trabalho na disciplina de "Legislação e Ética" nas
faculdades. Por isso, um das razões mais fortes para mim na criação do
Observatório da Comunicação Institucional, foi prover um instrumento a serviço
desta disciplina e daqueles que têm que ministrá-la, colocando nossos
estudantes a par do que é importante em termos legais.
A profissão de relações-públicas completará, em dezembro de 2014,
46 anos de regulamentação e 100 anos de existência no país. Que tal darmos a
necessária "virada" agora, trazendo todo mundo para o Sistema?
Esse é o desafio, tanto de quem está dentro, acreditando,
quanto de quem está fora - ainda com dúvidas sobre engajar-se nessa luta ou
não. Para mim - registrado desde estudante (Registro P-256 - Conrerp1), a luta
continua!
Feliz 2014 – Ano do Centenário de RP no Brasil – a todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário