Por Maíra Masiero
Em 2013, as competições esportivas serão, mais uma vez, destaques em todo o mundo. E o futebol não é diferente: em preparação à Copa do Mundo no Brasil, que será disputada ano que vem, a Copa das Confederações no mês de junho já apresentará uma prévia do que o público pode esperar da maior competição futebolística de seleções. E não só em relação aos jogos, mas também quanto à organização de um evento mundialmente visto e que mobiliza milhões de pessoas ao redor do mundo.
Todo grandioso evento ou ato público, como esse, necessita de um cerimonial e de um protocolo rígidos e específicos, a fim de auxiliar na sua organização e consolidação. Embora tenham conceitos diferentes, cerimonial e protocolo, quando bem aplicados por profissionais capacitados (como os relações-públicas), se complementam para o bom andamento de um evento. Nesse post, será utilizada a definição dada no Guia de Eventos - Cerimonial e Protocolo, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins ([2009?], p. 11, grifos dos autores):
"O cerimonial é um conjunto de formalidades específicas de um ato/evento público, dispostas numa ordem seqüencial, que envolve a ordem de precedência (protocolo) a ser observada, a utilização de indumentária própria e de elementos simbólicos, bem como o cumprimento de um ritual.
O Protocolo é parte importante do cerimonial e constitui-se do conjunto de normas para conduzir atos oficiais sob as regras da diplomacia, tais como a ordem geral de precedência. Em alguns eventos, principalmente aqueles nos quais estão presentes várias autoridades municipais, estaduais etc. com mesa solene, o protocolo soluciona as dúvidas de quem deverá ser chamado primeiro, quem deverá ficar ao lado de quem ou quando irá pronunciar-se.
Desta forma, o cerimonial e o protocolo tornam-se imprescindíveis no contexto de qualquer empresa, organização e/ou instituição, levando-se em conta a relação destas com seus públicos. É um instrumento de comunicação que busca valorizar ações e gestos, boas relações, enfim, valorizar o elemento humano. Seu objetivo básico é tornar mais fácil o cumprimento das regras simples de convívio social entre os diversos públicos de interesse da organização."
O futebol também possui um protocolo estabelecido, principalmente na escolha dos árbitros, nas premiações e nos jogos oficiais. É comum, em torneios maiores e de renome internacional (Copa do Mundo, Copa das Confederações, Taça Libertadores da América, dentre outros), que se fale à respeito do cumprimento do protocolo - seja no início da partida ou ao final de uma competição.
A Federação Internacional de Futebol (Fédération Internationale de Football association - FIFA) possui, dentre suas Comissões Permanentes, uma voltada diretamente para as questões de protocolo. Segundo a legislação daquela entidade, no artigo 38, a Comissão de Protocolo possui características específicas:
"A Comissão de Protocolo consistirá de um presidente, um vice-presidente e do número de membros que for necessário.
São obrigações da comissão:
- Lidar com todos os assuntos envolvendo protocolo durante as competições da FIFA, convenções ou outros eventos nos quais a FIFA estiver envolvida;
- Redigir propostas relevantes para o Comitê Executivo."
É interessante observar que, muitas vezes, um time demora demais para entrar em campo (no começo da partida ou após o intervalo do jogo), causando, assim, a quebra de um protocolo, que precisa ser resolvida o mais rápido possível pela Comissão. Para isso, o profissional de Relações Públicas deve agir (e/ou coordenar a ação de outros) com precisão e conhecimento das regras e procedimentos do jogo. Agora, basta esperar para conferir, em 2014, se o protocolo da FIFA para a próxima Copa do Mundo no Brasil será seguido à risca.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Quem vive de passado é... comunicação?
Por Maíra Masiero
Quantas vezes as pessoas param para pensar no que viveram no passado? Sonhos, valores, materiais, pessoas, situações... São vários os motivos para que as pessoas tenham alcunhas saudosistas, principalmente os jovens. Como base desta breve teoria, está o trabalho Paixão e nostalgia pelo real, de
Bruno Costa (2010, p. 7) que mostra, pelos estudos de Baudrillard (1991), o que consiste o termo "nostalgia":
"(...) a nostalgia é pelo real que já não pode ser vivido e precisa ser cada vez mais consumido em representações hiper-realistas. Assim, a perda dos referenciais fortes, apontada como uma característica determinante do momento pós-moderno provocou um traumatismo, deixou uma agonia que vai abrir as portas para uma era da simulação. (...)"
Essa definição, apesar de mais adequada para o campo das artes, pode servir também para as ações de comunicação. Fazer com que o receptor da mensagem ative lembranças positivas do passado pode interferir para que o conteúdo atinja, com sucesso, o seu objetivo. A influência que o sentimento de nostalgia possui no cotidiano das pessoas influi também em vários segmentos comerciais, como será visto a seguir.
Em relação à música, alguns festivais fazem, durante as suas programações, tributos a cantores que já morreram ou que, ainda vivos, possuem uma grande relevância no cenário musical. Em setembro de 2011, o festival de música Rock in Rio retornou para a cidade do Rio de Janeiro e, em comemoração aos seus 26 anos de história, propiciou vários momentos de nostalgia, como uma abertura simbólica com Paralamas do Sucesso e Titãs, que se consagraram na primeira edição do evento, em 1985. Outro momento marcante (e discutido) foi a apresentação de Milton Nascimento, numa homenagem ao cantor Freddie Mercury, já falecido, vocalista do Queen.
Na moda, também se utiliza o retorno ao passado como uma das tendências para a criação dos estilistas, revivendo roupas, calçados e acessórios a fim de trazer lembranças à mente dos receptores, como mostra Cora Gonçalves Giassi no artigo A difusão das tendências na comunicação de moda (2011, p. 20): "REVIVAL (Retorno à “bolha”. Mergulhar em antigas paixões, reviver a nostalgia de um sentimento da infância e buscar o prazer de uma lembrança em pequenos detalhes)".
Um exemplo bem mais recente do uso da variável nostalgia, agora na publicidade, está no novo comercial do navegador Internet Explorer, lançado no começo deste ano, em que aparecem produtos icônicos da década de 1990, como o ioiô, o walkman, o bichinho virtual, os antigos computadores, dentre outros produtos e tendências da época (muitos deles, inclusive, estão fora de circulação e expostos em museus).
No final do vídeo, que encerra este post, aparece a frase (já traduzida do Inglês): "Reconecte com o novo Internet Explorer", tentando realizar uma ponte entre o antigo e o atual e, assim, convencer o internauta a voltar a utilizar o browser. Com isso, pode-se perceber que a relação entre passado e presente, se o produto for aperfeiçoado e digno de confiança, contribui para ativar sentimentos saudosistas e emoções autênticas nos receptores do discurso.
Quantas vezes as pessoas param para pensar no que viveram no passado? Sonhos, valores, materiais, pessoas, situações... São vários os motivos para que as pessoas tenham alcunhas saudosistas, principalmente os jovens. Como base desta breve teoria, está o trabalho Paixão e nostalgia pelo real, de
Bruno Costa (2010, p. 7) que mostra, pelos estudos de Baudrillard (1991), o que consiste o termo "nostalgia":
"(...) a nostalgia é pelo real que já não pode ser vivido e precisa ser cada vez mais consumido em representações hiper-realistas. Assim, a perda dos referenciais fortes, apontada como uma característica determinante do momento pós-moderno provocou um traumatismo, deixou uma agonia que vai abrir as portas para uma era da simulação. (...)"
Essa definição, apesar de mais adequada para o campo das artes, pode servir também para as ações de comunicação. Fazer com que o receptor da mensagem ative lembranças positivas do passado pode interferir para que o conteúdo atinja, com sucesso, o seu objetivo. A influência que o sentimento de nostalgia possui no cotidiano das pessoas influi também em vários segmentos comerciais, como será visto a seguir.
Em relação à música, alguns festivais fazem, durante as suas programações, tributos a cantores que já morreram ou que, ainda vivos, possuem uma grande relevância no cenário musical. Em setembro de 2011, o festival de música Rock in Rio retornou para a cidade do Rio de Janeiro e, em comemoração aos seus 26 anos de história, propiciou vários momentos de nostalgia, como uma abertura simbólica com Paralamas do Sucesso e Titãs, que se consagraram na primeira edição do evento, em 1985. Outro momento marcante (e discutido) foi a apresentação de Milton Nascimento, numa homenagem ao cantor Freddie Mercury, já falecido, vocalista do Queen.
Na moda, também se utiliza o retorno ao passado como uma das tendências para a criação dos estilistas, revivendo roupas, calçados e acessórios a fim de trazer lembranças à mente dos receptores, como mostra Cora Gonçalves Giassi no artigo A difusão das tendências na comunicação de moda (2011, p. 20): "REVIVAL (Retorno à “bolha”. Mergulhar em antigas paixões, reviver a nostalgia de um sentimento da infância e buscar o prazer de uma lembrança em pequenos detalhes)".
Um exemplo bem mais recente do uso da variável nostalgia, agora na publicidade, está no novo comercial do navegador Internet Explorer, lançado no começo deste ano, em que aparecem produtos icônicos da década de 1990, como o ioiô, o walkman, o bichinho virtual, os antigos computadores, dentre outros produtos e tendências da época (muitos deles, inclusive, estão fora de circulação e expostos em museus).
No final do vídeo, que encerra este post, aparece a frase (já traduzida do Inglês): "Reconecte com o novo Internet Explorer", tentando realizar uma ponte entre o antigo e o atual e, assim, convencer o internauta a voltar a utilizar o browser. Com isso, pode-se perceber que a relação entre passado e presente, se o produto for aperfeiçoado e digno de confiança, contribui para ativar sentimentos saudosistas e emoções autênticas nos receptores do discurso.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
As duas faces da moeda - Propaganda mais online e vivência mais offline
Por Maíra Masiero
Corre o período de férias, e muitos aproveitam para permanecer horas e horas em frente aos computadores e dispositivos móveis, atualizando seus contatos nas redes sociais, assistindo a vídeos, ouvindo músicas ou simplesmente passando o tempo na rede mundial de computadores. E não é pouco tempo.
Para se ter uma ideia, já em 2009, segundo dados do Ibope Nielsen Online, divulgados pelo portal G1, o tempo médio de navegação por usuário, no trabalho e em domicílio, foi de 48 horas e 26 minutos, em julho de 2009, sendo, assim, o país líder em tempo de navegação virtual. Considerando também o uso de diversos aplicativos, o tempo chega a 71 horas e 30 minutos. Isso equivale a quase 3 dias inteiros conectados a cada 30 (ou 31) dias de um mês.
Em outro link, de setembro de 2012, pode-se ver que o brasileiro consumia, em média, 8 horas por mês somente na rede social Facebook, que possui, até aquele momento, 54 milhões de brasileiros registrados. Desses, 20 milhões acessam a rede por meio de um smartphone e 15% dizem usar um tablet para conectar-se à rede social, juntamente com o computador.
O fato é que, analisando esses dados, vê-se a crescente (e inevitável) força da comunicação online no Brasil e, para os profissionais em comunicação, investir em ações digitais, para a promoção de marcas e fidelização dos clientes, se tornou uma necessidade que, às vezes, não é valorizada como deveria. Por isso, este post tem duas vertentes: ao mesmo tempo que mostra a valorização dessa face da comunicação, também quer demonstrar que a vivência offline é importante para a comunicação interpessoal.
Com relação ao (ainda) tímido investimento das empresas em comunicação digital, houve, no ano de 2012, uma campanha viral que ativou a discussão sobre o desprezo da propaganda online. Uma "nova" agência chamada Komodo publicou anúncios em jornais e revistas especializadas defendendo a face 100% offline, com vários argumentos, como “Rede Social, viral, aplicativo e todas essas geringonças modernosas têm muita tecnologia, mas nenhuma eficácia”.
Estes anúncios ainda traziam um número de telefone para contato e a foto do CEO da agência. Porém, foi descoberto que era uma campanha viral da IAB Brasil, especializada em desenvolver o mercado de mídia interativa no Brasil. A seguir, o vídeo que esclarece a ação.
Em declaração ao portal Meio & Mensagem, o diretor executivo do IAB, Ari Meneghini explica os motivos para se fazer esta campanha:
“Como temos uma verba pequena, precisávamos de algo impactante. A campanha é bem caricata. Não era para enganar o mercado, mas para gerar buzz por alguns dias. [...] Há ali frases que de fato já ouvimos de agências e clientes."
Direcionando o foco para além de analisar a campanha viral, é necessário ressaltar a importância dada pela publicidade ao campo online, a ponto de uma agência digital criar outra totalmente offline para verificar a reação dos clientes e das outras agências. Até porque, como visto anteriormente, o período de tempo em que as pessoas ficam na Internet aumenta a cada ano e isso pode favorecer as ações digitais das agências, ao mesmo tempo em que desfavorece a vivência interpessoal entre os indivíduos.
Um exemplo de incentivo à vivência offline está na Holanda: no começo de 2013, a marca de chocolates Kit Kat espalhou na cidade de Amsterdam, pontos de Não Wi-Fi, em que as pessoas se sentariam para conversar de modo intimista, direto, sem a interferência de aparelhos móveis. Nesses lugares, o acesso ao sistema Wi-Fi é bloqueado nos aparelhos, justamente para propiciar um diálogo mais real e próximo com as pessoas, ou também para conduzir à leitura de um livro ou de um jornal.
Outra campanha interessante para promover a comunicação fora do ambiente digital foi feita em 2011, pelo site de marketing de experiência O Melhor da Vida. Intitulada "Um dia sem internet", o objetivo da ação é valorizar a qualidade de vida e alertar sobre o estresse da população. No dia 23 de outubro de 2011, as pessoas ficariam um dia inteiro sem acessar a Internet, compartilhando momentos com amigos e familiares.
O vídeo tailandês que inspirou esta proposta brasileira e que mostra o que as pessoas perdem ao ficarem muito tempo conectadas ao computador encerra este post.
Corre o período de férias, e muitos aproveitam para permanecer horas e horas em frente aos computadores e dispositivos móveis, atualizando seus contatos nas redes sociais, assistindo a vídeos, ouvindo músicas ou simplesmente passando o tempo na rede mundial de computadores. E não é pouco tempo.
Para se ter uma ideia, já em 2009, segundo dados do Ibope Nielsen Online, divulgados pelo portal G1, o tempo médio de navegação por usuário, no trabalho e em domicílio, foi de 48 horas e 26 minutos, em julho de 2009, sendo, assim, o país líder em tempo de navegação virtual. Considerando também o uso de diversos aplicativos, o tempo chega a 71 horas e 30 minutos. Isso equivale a quase 3 dias inteiros conectados a cada 30 (ou 31) dias de um mês.
Em outro link, de setembro de 2012, pode-se ver que o brasileiro consumia, em média, 8 horas por mês somente na rede social Facebook, que possui, até aquele momento, 54 milhões de brasileiros registrados. Desses, 20 milhões acessam a rede por meio de um smartphone e 15% dizem usar um tablet para conectar-se à rede social, juntamente com o computador.
O fato é que, analisando esses dados, vê-se a crescente (e inevitável) força da comunicação online no Brasil e, para os profissionais em comunicação, investir em ações digitais, para a promoção de marcas e fidelização dos clientes, se tornou uma necessidade que, às vezes, não é valorizada como deveria. Por isso, este post tem duas vertentes: ao mesmo tempo que mostra a valorização dessa face da comunicação, também quer demonstrar que a vivência offline é importante para a comunicação interpessoal.
Com relação ao (ainda) tímido investimento das empresas em comunicação digital, houve, no ano de 2012, uma campanha viral que ativou a discussão sobre o desprezo da propaganda online. Uma "nova" agência chamada Komodo publicou anúncios em jornais e revistas especializadas defendendo a face 100% offline, com vários argumentos, como “Rede Social, viral, aplicativo e todas essas geringonças modernosas têm muita tecnologia, mas nenhuma eficácia”.
Estes anúncios ainda traziam um número de telefone para contato e a foto do CEO da agência. Porém, foi descoberto que era uma campanha viral da IAB Brasil, especializada em desenvolver o mercado de mídia interativa no Brasil. A seguir, o vídeo que esclarece a ação.
Em declaração ao portal Meio & Mensagem, o diretor executivo do IAB, Ari Meneghini explica os motivos para se fazer esta campanha:
“Como temos uma verba pequena, precisávamos de algo impactante. A campanha é bem caricata. Não era para enganar o mercado, mas para gerar buzz por alguns dias. [...] Há ali frases que de fato já ouvimos de agências e clientes."
Direcionando o foco para além de analisar a campanha viral, é necessário ressaltar a importância dada pela publicidade ao campo online, a ponto de uma agência digital criar outra totalmente offline para verificar a reação dos clientes e das outras agências. Até porque, como visto anteriormente, o período de tempo em que as pessoas ficam na Internet aumenta a cada ano e isso pode favorecer as ações digitais das agências, ao mesmo tempo em que desfavorece a vivência interpessoal entre os indivíduos.
Um exemplo de incentivo à vivência offline está na Holanda: no começo de 2013, a marca de chocolates Kit Kat espalhou na cidade de Amsterdam, pontos de Não Wi-Fi, em que as pessoas se sentariam para conversar de modo intimista, direto, sem a interferência de aparelhos móveis. Nesses lugares, o acesso ao sistema Wi-Fi é bloqueado nos aparelhos, justamente para propiciar um diálogo mais real e próximo com as pessoas, ou também para conduzir à leitura de um livro ou de um jornal.
Outra campanha interessante para promover a comunicação fora do ambiente digital foi feita em 2011, pelo site de marketing de experiência O Melhor da Vida. Intitulada "Um dia sem internet", o objetivo da ação é valorizar a qualidade de vida e alertar sobre o estresse da população. No dia 23 de outubro de 2011, as pessoas ficariam um dia inteiro sem acessar a Internet, compartilhando momentos com amigos e familiares.
O vídeo tailandês que inspirou esta proposta brasileira e que mostra o que as pessoas perdem ao ficarem muito tempo conectadas ao computador encerra este post.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Marketing e construção de heróis nos esportes
Por Maíra Masiero
Os próximos anos serão marcados por várias competições esportivas de relevância mundial, a serem disputadas no Brasil, como as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014) de futebol e os Jogos Olímpicos, em 2016, tendo a cidade do Rio de Janeiro como sede. Com isso, é evidente que haverá um aumento nas ações de comunicação - de maneira geral - relacionadas aos esportes, principalmente ao futebol. Essas ações podem vir da imprensa, em todas as suas vertentes (escrita, falada, televisionada, pela Internet e mídias sociais) e também pelas marcas patrocinadoras, tanto do evento quanto dos atletas
Nessas épocas de grandes competições, geralmente é feita uma estratégia comunicacional muito típica, que é a construção de heróis. Para entender como ela funciona, antes de exemplificar essa construção, primeiramente se faz necessário compreender a(s) definição(ões) históricas da palavra "herói", com referência na mitologia grega citada no artigo Construção e desaparecimento do herói: uma questão de identidade nacional (1994, p. 84.87, grifos da autora), de Olgária Chain Féres Matos.
"No dicionário grego-francês Bailly temos que o termo herói vem do grego (Eros) e, num primeiro sentido significa, [...] o Mestre, o chefe nobre, chefes militares gregos que combateram em Tróia. Por extensão, é herói todo combatente, nobre por nascimento e consangüinidade, pela coragem e talento. Em um segundo sentido, herói é o semideus, situado entre os deuses e os homens, como Héracles (Hércules); e, por fim, todo homem elevado à condição de semideus como, por exemplo, os imperadores romanos divinizados.
Detectamos, nos três sentidos, a idéia de que o herói é aquele que detém, suspende o tempo e que por sua excelência supera, por assim dizer, a condição humana.
(...)
Herói ou instituições heróicas são fonte de identificação imaginária ou, em outras palavras, de identidade coletiva. O heroísmo convertido em espetáculo pela mídia, porém, tende a dissolver a memória, a recordação heurística e ativa, a reminiscência identificadora de um nós social."
Aplicando esses conceitos ao campo esportivo, poderiam ser chamados de heróis os atletas que são considerados superiores aos demais, pela excelência em seus trabalhos, e que podem suspender o tempo, no sentido de serem lembrados pelas futuras gerações. Vários nomes são citados para exemplificar este biotipo, aparentemente sem discussões (no campo esportivo, vale ressaltar): no futebol, o atacante brasileiro Pelé e o meia argentino Diego Maradona; no basquete, o armador Michael Jordan, dentre outros.
Em relação aos mais recentes jogadores em destaque, a ação do marketing e da mídia para a construção de heróis em tempo recorde se tornou fundamental, como mostra Ronaldo Helal no artigo Mídia, ídolos e heróis do futebol (1999, p. 1):
"Um fenômeno de massa não se sustenta sem a presença de “estrelas”. São elas que atraem as pessoas aos eventos e transformam-se em um referencial para os fãs. De saída, uma diferença básica entre ídolos do esporte e ídolos de outros universos, como música e dramaturgia, por exemplo mostra-se reveladora. Enquanto os primeiros possuem características que os transformam em heróis, os do outro universo raramente possuem estas qualidades. A explicação para este fato reside no aspecto agonístico que permeia o esporte. O “sucesso” de um atleta depende do “fracasso” do seu oponente. É uma competição que ocorre na ação do espetáculo. Ambos, ídolos do esporte e ídolos da música, se transformam em celebridades, porém, só os ídolos do esporte costuma ser considerados “heróis”"
Os próximos anos serão marcados por várias competições esportivas de relevância mundial, a serem disputadas no Brasil, como as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014) de futebol e os Jogos Olímpicos, em 2016, tendo a cidade do Rio de Janeiro como sede. Com isso, é evidente que haverá um aumento nas ações de comunicação - de maneira geral - relacionadas aos esportes, principalmente ao futebol. Essas ações podem vir da imprensa, em todas as suas vertentes (escrita, falada, televisionada, pela Internet e mídias sociais) e também pelas marcas patrocinadoras, tanto do evento quanto dos atletas
Nessas épocas de grandes competições, geralmente é feita uma estratégia comunicacional muito típica, que é a construção de heróis. Para entender como ela funciona, antes de exemplificar essa construção, primeiramente se faz necessário compreender a(s) definição(ões) históricas da palavra "herói", com referência na mitologia grega citada no artigo Construção e desaparecimento do herói: uma questão de identidade nacional (1994, p. 84.87, grifos da autora), de Olgária Chain Féres Matos.
"No dicionário grego-francês Bailly temos que o termo herói vem do grego (Eros) e, num primeiro sentido significa, [...] o Mestre, o chefe nobre, chefes militares gregos que combateram em Tróia. Por extensão, é herói todo combatente, nobre por nascimento e consangüinidade, pela coragem e talento. Em um segundo sentido, herói é o semideus, situado entre os deuses e os homens, como Héracles (Hércules); e, por fim, todo homem elevado à condição de semideus como, por exemplo, os imperadores romanos divinizados.
Detectamos, nos três sentidos, a idéia de que o herói é aquele que detém, suspende o tempo e que por sua excelência supera, por assim dizer, a condição humana.
(...)
Herói ou instituições heróicas são fonte de identificação imaginária ou, em outras palavras, de identidade coletiva. O heroísmo convertido em espetáculo pela mídia, porém, tende a dissolver a memória, a recordação heurística e ativa, a reminiscência identificadora de um nós social."
Aplicando esses conceitos ao campo esportivo, poderiam ser chamados de heróis os atletas que são considerados superiores aos demais, pela excelência em seus trabalhos, e que podem suspender o tempo, no sentido de serem lembrados pelas futuras gerações. Vários nomes são citados para exemplificar este biotipo, aparentemente sem discussões (no campo esportivo, vale ressaltar): no futebol, o atacante brasileiro Pelé e o meia argentino Diego Maradona; no basquete, o armador Michael Jordan, dentre outros.
Em relação aos mais recentes jogadores em destaque, a ação do marketing e da mídia para a construção de heróis em tempo recorde se tornou fundamental, como mostra Ronaldo Helal no artigo Mídia, ídolos e heróis do futebol (1999, p. 1):
"Um fenômeno de massa não se sustenta sem a presença de “estrelas”. São elas que atraem as pessoas aos eventos e transformam-se em um referencial para os fãs. De saída, uma diferença básica entre ídolos do esporte e ídolos de outros universos, como música e dramaturgia, por exemplo mostra-se reveladora. Enquanto os primeiros possuem características que os transformam em heróis, os do outro universo raramente possuem estas qualidades. A explicação para este fato reside no aspecto agonístico que permeia o esporte. O “sucesso” de um atleta depende do “fracasso” do seu oponente. É uma competição que ocorre na ação do espetáculo. Ambos, ídolos do esporte e ídolos da música, se transformam em celebridades, porém, só os ídolos do esporte costuma ser considerados “heróis”"
Um comercial que mostra a construção do herói que supera a capacidade humana foi lançado recentemente pela marca Nike em Portugal. Para promover a chuteira Mercurial Vapor IX, o comercial mostra o jogador português Cristiano Ronaldo - considerado o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2008 - em campo, devastando tudo o que está na frente até chegar no gol, comprovando a tese da superação da condição humana que, consequentemente, leva a converter o heroísmo em espetáculo midiático, dado a grandeza do vídeo publicitário.
Já os meios de comunicação podem contribuir, como já foi dito, para essa construção (ou destruição) de heróis. Um caso recente é o do ciclista Lance Armstrong que confessou utilizar substâncias proibidas, pela primeira vez, a apresentadora Oprah Winfrey no dia 17 de janeiro, após ter tido seus sete títulos da Volta da França cassados no ano passado e ainda correr o risco de perder a medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.
Outro caso emblemático de construção de herói no campo esportivo apresenta-se no atacante Neymar, do Santos. Com um futebol diferenciado dos demais, além da constante aparição em comerciais e programas esportivos e a permanência do jogador no futebol brasileiro, há a contínua construção desta imagem pública heróica, talvez faltando apenas conquistar títulos e prêmios expressivos pela Seleção Brasileira.
O vídeo que encerra este post ilustra, de forma até crítica, a construção do ídolo Neymar. As opiniões e os argumentos expressos neste vídeo são de responsabilidade de seus devidos autores e não necessariamente mostram as opiniões do blog RPitacos.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Férias escolares e comunicação - Incentivando a cultura desde pequeno
Por Maíra Masiero
O mês de janeiro é marcado pelas férias escolares. Muitas crianças e adolescentes aproveitam deste período para descansar, viajar, dormir até mais tarde ou mesmo ficar mais tempo em casa, diante da televisão e do computador.
Com esse precoce acesso à modernidade (e aos seus exageros, mais precisamente), há certa preocupação sobre ao que essas faixas etárias estão acessando na rede mundial de computadores e de como as tecnologias podem afetar as crianças, conforme mostra Sandra Marlene Mendes Barra no artigo: Infância e internet – interacções na rede (2008, p. 63):
"Parece não haver dúvidas quanto à importância que exercem as novas tecnologias na definição das experiências culturais das crianças hoje em dia paralelas a uma inegável atracção e prazer das crianças na sua interacção com os meios electrónicos. E no que diz respeito à Internet, serão as crianças os pioneiros e destemidos desbravadores destas novas auto-estradas, em busca de informação e utilizando-o como meio de transmissão de ideias. (...)
As tecnologias a que hoje acedemos afiguram-se como modificadoras nas formas de relacionamento das crianças com a informação e comunicação. A utilização de som, imagem, texto, grafismos e todas as potencialidades hipermédia, contribuem ainda, e decisivamente, para cativar o utilizador destas faixas etárias com a grande vantagem de tornar possível a aprendizagem adaptada a diferentes estilos, ritmos e capacidades das crianças, com grande facilidade e flexibilidade de utilização."
Observando esta tendência, o grande desafio da comunicação é equilibrar as esferas on e offline no cotidiano das crianças, além de retomar alguns hábitos importantes para o seu desenvolvimento, como a leitura, as antigas brincadeiras, entre outros aspectos.
Uma iniciativa feita pela rede McDonald's no Reino Unido tenta, teoricamente, inserir a leitura na prática cotidiana das crianças. A partir de janeiro deste ano, a empresa incluiu 15 milhões de livros que substituíram os brinquedos que, geralmente, acompanham o McLanche Feliz na região, no projeto Happy Readers (Leitores Felizes, em português).
Os livros trazem várias atividades, como quebra-cabeças e adesivos sobre espaço e planetas, florestas tropicais, grandes felinos e oceanos, dentre outros. O vídeo a seguir, em inglês, mostra alguns depoimentos de consumidores e colaboradores da rede de fast food sobre este projeto.
Pode-se dizer que a rede se aproveita do incentivo à leitura para promover ainda mais o consumo de lanches calóricos pelas crianças, mesmo com a escolha de se comprar os livros fora do pacote do McLanche Feliz. Porém, se levar em consideração a iniciativa cultural, esta é válida por trazer às crianças conhecimento e informações de forma interativa.
Outra forma de ensinar as crianças (e relembrar os adultos) é mostrar e valorizar as brincadeiras antigas. No ano de 2010, o canal pago de televisão Cartoon Network e a bolacha Passatempo, da marca Nestlé, fizeram uma campanha intitulada “Porque Brincar Faz Bem Demais”.
De acordo com a matéria do Portal da Propaganda, foram sete programetes exibidos semanalmente, que mostram oito crianças ensinando diferentes formas de se divertir com os amigos, incentivando a cultura brasileira e resgatando brincadeiras tradicionais, como Pique-Bandeira, Siga o Mestre, De Quem é a Bola, Mãe da Rua, Gato Mia e Dança das Cadeiras, utilizando-se de uma linguagem jovem, visando atrair os telespectadores. Para terminar o post, a seguir está um desses vídeos, com a brincadeira Mãe da Rua.
Passatempo - Cartoon Network from SALA12 on Vimeo.
O mês de janeiro é marcado pelas férias escolares. Muitas crianças e adolescentes aproveitam deste período para descansar, viajar, dormir até mais tarde ou mesmo ficar mais tempo em casa, diante da televisão e do computador.
Com esse precoce acesso à modernidade (e aos seus exageros, mais precisamente), há certa preocupação sobre ao que essas faixas etárias estão acessando na rede mundial de computadores e de como as tecnologias podem afetar as crianças, conforme mostra Sandra Marlene Mendes Barra no artigo: Infância e internet – interacções na rede (2008, p. 63):
"Parece não haver dúvidas quanto à importância que exercem as novas tecnologias na definição das experiências culturais das crianças hoje em dia paralelas a uma inegável atracção e prazer das crianças na sua interacção com os meios electrónicos. E no que diz respeito à Internet, serão as crianças os pioneiros e destemidos desbravadores destas novas auto-estradas, em busca de informação e utilizando-o como meio de transmissão de ideias. (...)
As tecnologias a que hoje acedemos afiguram-se como modificadoras nas formas de relacionamento das crianças com a informação e comunicação. A utilização de som, imagem, texto, grafismos e todas as potencialidades hipermédia, contribuem ainda, e decisivamente, para cativar o utilizador destas faixas etárias com a grande vantagem de tornar possível a aprendizagem adaptada a diferentes estilos, ritmos e capacidades das crianças, com grande facilidade e flexibilidade de utilização."
Observando esta tendência, o grande desafio da comunicação é equilibrar as esferas on e offline no cotidiano das crianças, além de retomar alguns hábitos importantes para o seu desenvolvimento, como a leitura, as antigas brincadeiras, entre outros aspectos.
Uma iniciativa feita pela rede McDonald's no Reino Unido tenta, teoricamente, inserir a leitura na prática cotidiana das crianças. A partir de janeiro deste ano, a empresa incluiu 15 milhões de livros que substituíram os brinquedos que, geralmente, acompanham o McLanche Feliz na região, no projeto Happy Readers (Leitores Felizes, em português).
Os livros trazem várias atividades, como quebra-cabeças e adesivos sobre espaço e planetas, florestas tropicais, grandes felinos e oceanos, dentre outros. O vídeo a seguir, em inglês, mostra alguns depoimentos de consumidores e colaboradores da rede de fast food sobre este projeto.
Pode-se dizer que a rede se aproveita do incentivo à leitura para promover ainda mais o consumo de lanches calóricos pelas crianças, mesmo com a escolha de se comprar os livros fora do pacote do McLanche Feliz. Porém, se levar em consideração a iniciativa cultural, esta é válida por trazer às crianças conhecimento e informações de forma interativa.
Outra forma de ensinar as crianças (e relembrar os adultos) é mostrar e valorizar as brincadeiras antigas. No ano de 2010, o canal pago de televisão Cartoon Network e a bolacha Passatempo, da marca Nestlé, fizeram uma campanha intitulada “Porque Brincar Faz Bem Demais”.
De acordo com a matéria do Portal da Propaganda, foram sete programetes exibidos semanalmente, que mostram oito crianças ensinando diferentes formas de se divertir com os amigos, incentivando a cultura brasileira e resgatando brincadeiras tradicionais, como Pique-Bandeira, Siga o Mestre, De Quem é a Bola, Mãe da Rua, Gato Mia e Dança das Cadeiras, utilizando-se de uma linguagem jovem, visando atrair os telespectadores. Para terminar o post, a seguir está um desses vídeos, com a brincadeira Mãe da Rua.
Passatempo - Cartoon Network from SALA12 on Vimeo.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Minha marca é um gênio - Personalização do atendimento ao consumidor
Por Maíra Masiero
No imaginário infantil concebido a partir, principalmente, do século XX, existe a história de um gênio que, em alguns casos, está preso num recipiente e que, se libertado por alguma pessoa, ele realiza três desejos, de qualquer natureza. Um artigo publicado no site Guia dos Curiosos traz algumas curiosidades sobre os chamados "gênios da lâmpada":
"- No folclore árabe os gênios são, em sua maioria, maus e podem assumir formas e tamanhos variados. Também podem aparecer em versões masculinas e femininas.
- Moram em lugares afastados ou em cemitérios e, normalmente, vão parar na lâmpada quando são aprisionados por terem cometido algum pecado contra a fé religiosa.
- Só podem ser destruídos pela ira divina, que lança raios e os transformam em pó. Diz a tradição muçulmana que o rei Salomão é o único capaz de controlar os gênios.
- Nas edições árabes de As Mil e Uma Noites, não existe a lenda de "Aladim e a Lâmpada Mágica". O conto aparece pela primeira vez em uma versão francesa do livro de Antonie Galland, no início do século XVIII. O autor afirma que a história foi contada por um árabe cristão chamado Hanna Diap.
- Nos contos de As Mil e Uma Noites publicados fora do mundo árabe, somente o gênio de Aladim e o do primeiro conto, "O Pescador e o Gênio", estão aprisionados e concedem desejos."
Comparando estes dois últimos gênios que concedem desejos, as marcas também se deparam com pedidos inusitados de clientes e admiradores. Explicar que não se pode atender a todos é algo padrão, mas trabalhoso para convencer as pessoas. Porém, para mostrar um atendimento personalizado por conta da marca e promover uma interação maior com o público, algumas empresas, nos último tempos, realizam alguns desses sonhos.
Em maio de 2012, a empresa Samsung recebeu um pedido inusitado: um menino canadense queria um smartphone Galaxy S III (recém-lançado na época) e, para fazer com que sua mensagem chamasse a atenção, anexou o desenho de um dragão verde.
Prontamente, o responsável pelas comunidades online da marca respondeu educadamente ao menino, dizendo que, se a empresa fosse conceder produtos de graça a todos que pedem, estaria na falência. Para retribuir o desenho feito pelo garoto, foi enviado um canguru em um monociclo. Pouco tempo depois desse diálogo, a repercussão era grande entre os amigos e conhecidos
Em agosto, porém, o garoto recebeu uma grande surpresa, digna de um "gênio da lâmpada": foi mandado para sua casa um Galaxy S III, personalizado com o desenho do dragão verde que havia mandado pelo Facebook, além de uma carta da Samsung agradecendo ao jovem pela viralização das mensagens e pela repercussão positiva - e espontânea - que teve.
Um fato mais recente (e que seguiu quase que a mesma linha de atuação da Samsung) aconteceu com a marca PepsiCo. Uma menina de 17 anos pediu a volta do sabor Costelinha da batata Ruffles de um jeito diferente: enviou para a página da empresa no Facebook, juntamente com seu apelo, um desenho de dois seres chamados “duocórnios”.
Com esse pedido especial, a agência digital da marca atendeu ao pedido da garota, mandando quatro pacotes de Ruffles Costelinha e materializando o desenho dos dois duocórnios, em parceria com a empresa Ateliê de Brinquedos. Inclusive, no site da empresa, há uma pequena descrição sobre estes seres, que são "mitológicos, cavalos normalmente brancos com um chifre [e] associados à força e à pureza". O vídeo a seguir mostra o resultado dessa ação.
Essa personalização do atendimento é importante para a humanização das marcas, mas é necessário que esse procedimento seja feito de forma paulatina (sem se tornar um "gênio da lâmpada", atendendo a todos os pedidos feitos), a fim de valorizar igualmente a todos os consumidores, o que é uma tarefa quase que utópica.
No imaginário infantil concebido a partir, principalmente, do século XX, existe a história de um gênio que, em alguns casos, está preso num recipiente e que, se libertado por alguma pessoa, ele realiza três desejos, de qualquer natureza. Um artigo publicado no site Guia dos Curiosos traz algumas curiosidades sobre os chamados "gênios da lâmpada":
"- No folclore árabe os gênios são, em sua maioria, maus e podem assumir formas e tamanhos variados. Também podem aparecer em versões masculinas e femininas.
- Moram em lugares afastados ou em cemitérios e, normalmente, vão parar na lâmpada quando são aprisionados por terem cometido algum pecado contra a fé religiosa.
- Só podem ser destruídos pela ira divina, que lança raios e os transformam em pó. Diz a tradição muçulmana que o rei Salomão é o único capaz de controlar os gênios.
- Nas edições árabes de As Mil e Uma Noites, não existe a lenda de "Aladim e a Lâmpada Mágica". O conto aparece pela primeira vez em uma versão francesa do livro de Antonie Galland, no início do século XVIII. O autor afirma que a história foi contada por um árabe cristão chamado Hanna Diap.
- Nos contos de As Mil e Uma Noites publicados fora do mundo árabe, somente o gênio de Aladim e o do primeiro conto, "O Pescador e o Gênio", estão aprisionados e concedem desejos."
Comparando estes dois últimos gênios que concedem desejos, as marcas também se deparam com pedidos inusitados de clientes e admiradores. Explicar que não se pode atender a todos é algo padrão, mas trabalhoso para convencer as pessoas. Porém, para mostrar um atendimento personalizado por conta da marca e promover uma interação maior com o público, algumas empresas, nos último tempos, realizam alguns desses sonhos.
Em maio de 2012, a empresa Samsung recebeu um pedido inusitado: um menino canadense queria um smartphone Galaxy S III (recém-lançado na época) e, para fazer com que sua mensagem chamasse a atenção, anexou o desenho de um dragão verde.
Prontamente, o responsável pelas comunidades online da marca respondeu educadamente ao menino, dizendo que, se a empresa fosse conceder produtos de graça a todos que pedem, estaria na falência. Para retribuir o desenho feito pelo garoto, foi enviado um canguru em um monociclo. Pouco tempo depois desse diálogo, a repercussão era grande entre os amigos e conhecidos
Em agosto, porém, o garoto recebeu uma grande surpresa, digna de um "gênio da lâmpada": foi mandado para sua casa um Galaxy S III, personalizado com o desenho do dragão verde que havia mandado pelo Facebook, além de uma carta da Samsung agradecendo ao jovem pela viralização das mensagens e pela repercussão positiva - e espontânea - que teve.
Um fato mais recente (e que seguiu quase que a mesma linha de atuação da Samsung) aconteceu com a marca PepsiCo. Uma menina de 17 anos pediu a volta do sabor Costelinha da batata Ruffles de um jeito diferente: enviou para a página da empresa no Facebook, juntamente com seu apelo, um desenho de dois seres chamados “duocórnios”.
Com esse pedido especial, a agência digital da marca atendeu ao pedido da garota, mandando quatro pacotes de Ruffles Costelinha e materializando o desenho dos dois duocórnios, em parceria com a empresa Ateliê de Brinquedos. Inclusive, no site da empresa, há uma pequena descrição sobre estes seres, que são "mitológicos, cavalos normalmente brancos com um chifre [e] associados à força e à pureza". O vídeo a seguir mostra o resultado dessa ação.
Essa personalização do atendimento é importante para a humanização das marcas, mas é necessário que esse procedimento seja feito de forma paulatina (sem se tornar um "gênio da lâmpada", atendendo a todos os pedidos feitos), a fim de valorizar igualmente a todos os consumidores, o que é uma tarefa quase que utópica.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
A atuação de um Conselho Profissional tem que ser permanente exercício de aproximação, educação e informação. Só depois de ultrapassadas essas fases é que deve vir a punição.
Por Manoel Marcondes Neto
Quis o destino que a última formalidade antes de encerrar minha passagem pelo Conrerp em meu estado fosse escrever - como outros que me antecederam já fizeram - à Rede Globo para tratar da existência, entre personagens de ficção, de alguém que se diz ou que ocupa função de relações-públicas sem que seja imediatamente dito/informado que tal profissão exige formação superior e devido registro em Conselho Profissional.
Com Passione tivemos uma vitória, e o personagem Fred (de Reinaldo Gianecchini) não tomou posse do cargo de relações-públicas tendo em vista "não ter as qualificações para o cargo" - frase colocada na boca da personagem Beth (de Fernanda Montenegro) após nossa missiva ao autor. Agora voltamos à carga. Se os autores/produtores gostam tanto dos relações-públicas, que cumpram o dever constitucional - que a mídia tem - de ser informativa, educativa e cultural, e também passem, via veículo ficcional da telenovela, entre outros gêneros, o dado de que errepê se trata de profissão que exige nível superior e registro em respectivo Conselho Profissional (como, aliás já ocorreu no caso de outras profissões citadas, igualmente - como RRPP - regulamentadas por lei).
Na última reunião plenária do Conselho da 1ª Região - estado do Rio de Janeiro (sede da Rede Globo), decidiu-se que oficiaríamos a empresa. Segue, abaixo, o teor da correspondência. (Obs.: a nova gestão do Conrerp, empossada hoje, já tem conhecimento da carta e deverá prosseguir nos entendimentos sobre o assunto).
"Carta enviada à direção da Rede Globo, pelo Conrerp/1ª Região
Estou secretário-geral de meu Conselho Profissional, e, em nossa última reunião plenária do ano de 2012, saí com a incumbência de, mais uma vez, dirigir à Rede Globo, na pessoa de seus gestores e autores, um protesto, um pleito em favor da profissão de relações-públicas.
Sempre tarefa difícil – qualquer fiscalização o é –, ajudou-me o fato de, no último dia 31 de dezembro, ter assistido, no NOW, ao filme “O palhaço”, produção em que figura outra das Organizações Globo, a Globo Filmes.
Registre-se o fato de que o trabalho de “palhaço” figura entre os 2.511 listados na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego; e é assim descrito: “realizam, sozinhos ou em grupos, diversos tipos de representações, em um espetáculo público (circo, teatro, rua, estúdio de televisão). Criam números e os apresentam em cena, a partir de técnicas corporais (acrobacia, equilibrismo, malabarismo, ilusionismo, comédia, canto, dança, pantomima) ou de técnicas de adestramento de animais”.
O trabalho de relações públicas também consta da CBO/MTE, porém, com uma diferença relevante: relações-públicas é uma das 61 (dentre as 2.511) profissões regulamentadas por lei (5.377/1967) no país e, no caso, fiscalizada pelo Sistema Conferp-Conrerp, que ora represento na jurisdição do estado do Rio de Janeiro. A profissão exige, para seu exercício, a graduação superior em curso reconhecido pelo MEC e o devido registro profissional no Conselho Regional.
Devo, nesta, tecer argumentação já conhecida por esta Casa [que, aliás, só engrandece os brasileiros, por colocar o Brasil (seus filhos, sua cultura, sua riqueza tão diversa) na seleta lista dos países que produzem e exportam produções audiovisuais], no sentido de apontar potenciais infrações como “uso indevido da denominação relações-públicas” ou “menção a profissão/profissional sem que a ela se relacione, imediatamente, a informação sobre a necessária formação superior específica e o obrigatório registro no respectivo Conselho Profissional”.
Mas não só isto, quisemos vir à presença de V. Sas. como colegas que também militam no campo da comunicação (no segmento institucional) – para vocalizar o anseio e o direito de toda uma classe: que a formação e a profissão que escolhemos seja tratada, nos roteiros produzidos pela Casa, com a mesma dignidade que, por exemplo, foi retratada a profissão “palhaço” no filme mencionado.
Ninguém duvidará, assistindo à película, da competência de Paulo José e de Selton Mello no “ofício de fazer rir”. Ninguém deixará de se emocionar com a sensibilidade e com a dedicação de ambos ao seu ganha-pão. Ninguém que já sonhe com aquele trabalho, deixará de adotá-lo ao ver sua representação na obra ficcional. Para mim, que amo, respeito e que conheci palhaços (os melhores, na minha retina e na minha memória; Arrelia e Pimentinha) pela televisão, isto é ponto pacífico.
No Brasil, os mais vistos seriados ficcionais audiovisuais – ou seja, as telenovelas, e, centralmente, as da TV Globo – cumprem importante função informativa, “inspiracional” e formativa. Isto é inegável e dispenso recorrer a meus inúmeros colegas professores que se dedicam a estudar o gênero.
Na telenovela “Passione”, por exemplo, dirigimo-nos a Silvio de Abreu (as redes sociais “ferveram”, impulsionando-nos) e obtivemos um tento, ao ser declarado um personagem “inabilitado para o cargo” por “não ter a formação necessária”. Na ocasião, fomos saudados por errepês (atuantes e futuros) de todo o país, principalmente pela juventude que está em formação em quase 100 faculdades por todo o território nacional. Não o fizemos para ser reconhecidos, mas, como agora – no caso da telenovela “Guerra dos Sexos”, daquele mesmo autor –, para reivindicar um direito e o cumprimento da legislação.
Por fim, as telenovelas são representação da realidade. Sabemos do árduo mister de autores e roteiristas em atribuir funções “da vida real” a tantas personagens. E sabemos, também, que não são as profissões atribuídas a uma e a outra que darão o sentido e o colorido de sua ação na ficção; para o bem ou para o mal. Assim como na vida, na ficção haverá os advogados de mérito e os de vergonha, médicos credores de aplauso ou de asco, militares dignos e indignos de portar a insígnia da bandeira nacional.
No nosso caso específico, melhor será se, no presente e no futuro, se possa, nas novelas da Globo, referir-se a relações-públicas – tanto aos com qualidades quanto aos com desvios de conduta – como profissão que exige formação superior e devido registro em seu Conselho Profissional. Isto nos basta. E nos ajuda! Fiscalização do exercício profissional no dia-a-dia, mesmo com as dificuldades de praxe, o fazemos nós.
Saudações,
Manoel Marcondes Machado Neto
Quis o destino que a última formalidade antes de encerrar minha passagem pelo Conrerp em meu estado fosse escrever - como outros que me antecederam já fizeram - à Rede Globo para tratar da existência, entre personagens de ficção, de alguém que se diz ou que ocupa função de relações-públicas sem que seja imediatamente dito/informado que tal profissão exige formação superior e devido registro em Conselho Profissional.
Com Passione tivemos uma vitória, e o personagem Fred (de Reinaldo Gianecchini) não tomou posse do cargo de relações-públicas tendo em vista "não ter as qualificações para o cargo" - frase colocada na boca da personagem Beth (de Fernanda Montenegro) após nossa missiva ao autor. Agora voltamos à carga. Se os autores/produtores gostam tanto dos relações-públicas, que cumpram o dever constitucional - que a mídia tem - de ser informativa, educativa e cultural, e também passem, via veículo ficcional da telenovela, entre outros gêneros, o dado de que errepê se trata de profissão que exige nível superior e registro em respectivo Conselho Profissional (como, aliás já ocorreu no caso de outras profissões citadas, igualmente - como RRPP - regulamentadas por lei).
Na última reunião plenária do Conselho da 1ª Região - estado do Rio de Janeiro (sede da Rede Globo), decidiu-se que oficiaríamos a empresa. Segue, abaixo, o teor da correspondência. (Obs.: a nova gestão do Conrerp, empossada hoje, já tem conhecimento da carta e deverá prosseguir nos entendimentos sobre o assunto).
"Carta enviada à direção da Rede Globo, pelo Conrerp/1ª Região
Estou secretário-geral de meu Conselho Profissional, e, em nossa última reunião plenária do ano de 2012, saí com a incumbência de, mais uma vez, dirigir à Rede Globo, na pessoa de seus gestores e autores, um protesto, um pleito em favor da profissão de relações-públicas.
Sempre tarefa difícil – qualquer fiscalização o é –, ajudou-me o fato de, no último dia 31 de dezembro, ter assistido, no NOW, ao filme “O palhaço”, produção em que figura outra das Organizações Globo, a Globo Filmes.
Registre-se o fato de que o trabalho de “palhaço” figura entre os 2.511 listados na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego; e é assim descrito: “realizam, sozinhos ou em grupos, diversos tipos de representações, em um espetáculo público (circo, teatro, rua, estúdio de televisão). Criam números e os apresentam em cena, a partir de técnicas corporais (acrobacia, equilibrismo, malabarismo, ilusionismo, comédia, canto, dança, pantomima) ou de técnicas de adestramento de animais”.
O trabalho de relações públicas também consta da CBO/MTE, porém, com uma diferença relevante: relações-públicas é uma das 61 (dentre as 2.511) profissões regulamentadas por lei (5.377/1967) no país e, no caso, fiscalizada pelo Sistema Conferp-Conrerp, que ora represento na jurisdição do estado do Rio de Janeiro. A profissão exige, para seu exercício, a graduação superior em curso reconhecido pelo MEC e o devido registro profissional no Conselho Regional.
Devo, nesta, tecer argumentação já conhecida por esta Casa [que, aliás, só engrandece os brasileiros, por colocar o Brasil (seus filhos, sua cultura, sua riqueza tão diversa) na seleta lista dos países que produzem e exportam produções audiovisuais], no sentido de apontar potenciais infrações como “uso indevido da denominação relações-públicas” ou “menção a profissão/profissional sem que a ela se relacione, imediatamente, a informação sobre a necessária formação superior específica e o obrigatório registro no respectivo Conselho Profissional”.
Mas não só isto, quisemos vir à presença de V. Sas. como colegas que também militam no campo da comunicação (no segmento institucional) – para vocalizar o anseio e o direito de toda uma classe: que a formação e a profissão que escolhemos seja tratada, nos roteiros produzidos pela Casa, com a mesma dignidade que, por exemplo, foi retratada a profissão “palhaço” no filme mencionado.
Ninguém duvidará, assistindo à película, da competência de Paulo José e de Selton Mello no “ofício de fazer rir”. Ninguém deixará de se emocionar com a sensibilidade e com a dedicação de ambos ao seu ganha-pão. Ninguém que já sonhe com aquele trabalho, deixará de adotá-lo ao ver sua representação na obra ficcional. Para mim, que amo, respeito e que conheci palhaços (os melhores, na minha retina e na minha memória; Arrelia e Pimentinha) pela televisão, isto é ponto pacífico.
No Brasil, os mais vistos seriados ficcionais audiovisuais – ou seja, as telenovelas, e, centralmente, as da TV Globo – cumprem importante função informativa, “inspiracional” e formativa. Isto é inegável e dispenso recorrer a meus inúmeros colegas professores que se dedicam a estudar o gênero.
Na telenovela “Passione”, por exemplo, dirigimo-nos a Silvio de Abreu (as redes sociais “ferveram”, impulsionando-nos) e obtivemos um tento, ao ser declarado um personagem “inabilitado para o cargo” por “não ter a formação necessária”. Na ocasião, fomos saudados por errepês (atuantes e futuros) de todo o país, principalmente pela juventude que está em formação em quase 100 faculdades por todo o território nacional. Não o fizemos para ser reconhecidos, mas, como agora – no caso da telenovela “Guerra dos Sexos”, daquele mesmo autor –, para reivindicar um direito e o cumprimento da legislação.
Por fim, as telenovelas são representação da realidade. Sabemos do árduo mister de autores e roteiristas em atribuir funções “da vida real” a tantas personagens. E sabemos, também, que não são as profissões atribuídas a uma e a outra que darão o sentido e o colorido de sua ação na ficção; para o bem ou para o mal. Assim como na vida, na ficção haverá os advogados de mérito e os de vergonha, médicos credores de aplauso ou de asco, militares dignos e indignos de portar a insígnia da bandeira nacional.
No nosso caso específico, melhor será se, no presente e no futuro, se possa, nas novelas da Globo, referir-se a relações-públicas – tanto aos com qualidades quanto aos com desvios de conduta – como profissão que exige formação superior e devido registro em seu Conselho Profissional. Isto nos basta. E nos ajuda! Fiscalização do exercício profissional no dia-a-dia, mesmo com as dificuldades de praxe, o fazemos nós.
Saudações,
Manoel Marcondes Machado Neto
Reg. 3474 - Conrerp/1ª Região
Secretário-Geral"
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Adeus Ano Velho, Feliz... o que mesmo?
Por Maíra Masiero
Mais um ano que começa e, com ele, acontece a formulação de novos sonhos e planos para os 365 dias de um novo ciclo. Fazer listas com propósitos é costume entre o final de um ano e o começo de outro, mas, em relação a cumprir as promessas (ou, ao menos, lembrá-las), já é algo menos comum.
Como foi dito no vídeo anterior, muitas pessoas não conseguem cumprir as promessas feitas na passagem de ano porque não possuem uma cobrança em relação aos novos planos e acabam desistindo das ideias. O esquecimento pode acontecer também, devido à correria, à falta de organização e, numa justificativa mais recente, da capacidade do cérebro em se adaptar facilmente às circunstâncias.
Essa última hipótese é mostrada numa análise de pesquisadores do Instituto de Neurociência da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que identificaram algumas formas que fazem o cérebro assimilar informações às metas já estabelecidas anteriormente – o que obriga as pessoas a refazerem e planejarem novamente suas metas. Com isso, segundo esse estudo, para cumprir as promessas de Ano Novo, o cérebro não pode identificar novos objetivos.
Aproveitando-se desta época do ano (e dessa facilidade das pessoas em esquecerem as suas resoluções de Ano Novo), a empresa Google lançou, em 2012, um mapa na qual as pessoas podem colocar seus planos e projetos para o ano que se inicia, e esses ficam armazenados e disponíveis publicamente a todos que acessarem a plataforma. As postagens em outras idiomas são automaticamente traduzidas e as mensagens podem ser divididas em várias categorias: Amor, Saúde, Carreira, Finanças, Família, Formação, Fazer o Bem e Outras.
Com a ajuda da tecnologia, de uma boa comunicação, ou ainda com o conhecimento científico sobre o cérebro humano, o fato é que memória, organização e planejamento são necessários para que os propósitos para 2013 não fiquem esquecidos já nos primeiros meses do ano.
Mais um ano que começa e, com ele, acontece a formulação de novos sonhos e planos para os 365 dias de um novo ciclo. Fazer listas com propósitos é costume entre o final de um ano e o começo de outro, mas, em relação a cumprir as promessas (ou, ao menos, lembrá-las), já é algo menos comum.
Como foi dito no vídeo anterior, muitas pessoas não conseguem cumprir as promessas feitas na passagem de ano porque não possuem uma cobrança em relação aos novos planos e acabam desistindo das ideias. O esquecimento pode acontecer também, devido à correria, à falta de organização e, numa justificativa mais recente, da capacidade do cérebro em se adaptar facilmente às circunstâncias.
Essa última hipótese é mostrada numa análise de pesquisadores do Instituto de Neurociência da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que identificaram algumas formas que fazem o cérebro assimilar informações às metas já estabelecidas anteriormente – o que obriga as pessoas a refazerem e planejarem novamente suas metas. Com isso, segundo esse estudo, para cumprir as promessas de Ano Novo, o cérebro não pode identificar novos objetivos.
Aproveitando-se desta época do ano (e dessa facilidade das pessoas em esquecerem as suas resoluções de Ano Novo), a empresa Google lançou, em 2012, um mapa na qual as pessoas podem colocar seus planos e projetos para o ano que se inicia, e esses ficam armazenados e disponíveis publicamente a todos que acessarem a plataforma. As postagens em outras idiomas são automaticamente traduzidas e as mensagens podem ser divididas em várias categorias: Amor, Saúde, Carreira, Finanças, Família, Formação, Fazer o Bem e Outras.
Com a ajuda da tecnologia, de uma boa comunicação, ou ainda com o conhecimento científico sobre o cérebro humano, o fato é que memória, organização e planejamento são necessários para que os propósitos para 2013 não fiquem esquecidos já nos primeiros meses do ano.
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