terça-feira, 3 de junho de 2014

O que as Relações Públicas podem fazer por você? Uma vida em 7 estações (ou 30 minutos, hoje, no Marcia Peltier Entrevista -CNT/Gazeta - 23 horas).

Por Manoel Marcondes Neto

Margarida Kunsch disse certa vez, em sala de aula, que o saber é "artesania intelectual". Pois bem, esta artesania é trabalho de carreira, de vida inteira. É como a construção de uma reputação. É reconhecimento fruto de perseverança. Algo que vai muito além da imagem, ou da relevância que se atinge em determinado momento-flash da vida, ou mesmo dos relacionamentos - que vêm e vão. O conhecimento é um edifício de tijolos pequenos. Mais a argamassa dos encontros, nas organizações. Cada pessoa pode contribuir um pouco. Na academia, cada tese doutoral é um tijolo da construção. Departamentos, faculdades e universidades constituem a argamassa.

Em minha carreira, que agora chega a 29 anos na UERJ, os primeiros vôos foram curtos. Comecei como professor auxiliar, ainda no saudoso Instituto de Psicologia e Comunicação Social da UERJ, com 10 horas semanais (era preciso acomodar a nova atividade com a carreira no mercado) e, depois, com o mestrado (da ECO/UFRJ), cheguei a professor assistente. No ano 2000, conclui o doutorado (na ECA/USP) e tornei-me professor adjunto, com minha tese em marketing cultural. E o doutorado é - dizem muitos - só o começo. 

Nos primeiros anos, as incursões foram tímidas. Cursos de extensão na UERJ e palestras em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis. Veio o primeiro livro, sobre a tese. Depois, alargou-se o circuito: Macaé, Juiz de Fora e São Paulo. Em 2006, a primeira entrevista para uma TV por assinatura. Em 2008, o segundo livro "Relações e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração". E, de lá para cá, diversas oportunidades para falar à mídia, sempre em rádios e em emissoras fechadas de TV. 

Os convites se multiplicaram; Bauru, Salto, Campinas, Uberlândia, Porto Alegre. Em Passo Fundo, a segunda edição do livro "Marketing Cultural: das práticas à teoria" rendeu-me um prêmio, o Vasco Prado, na 12a. Jornada Nacional de Literatura. E em 2009 comecei nova etapa na carreira, agora na Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. 

Em 2011, com o terceiro livro, em coautoria, sobre Economia da Cultura, veio a chance de falar à CBN, em rede nacional de rádio. Aí o leque se abriu mais: Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Goiânia. Em 2012, com o quarto "filhote", o site "RRPP.com.br" e seus 4 Rs das Relações Públicas Plenas, veio a promoção a professor associado e, consequentemente, viagens mais longas; a Salvador, Aracajú, Maceió, São Luís e Santa Cruz do Sul. 


E o livro "A transparência é a alma do negócio" - onde explico o mix dos "4 Rs" será objeto da entrevista de hoje a uma emissora aberta de TV, a Rede CNT-Gazeta, no programa "Marcia Peltier Entrevista". A jornalista foi a primeira colunista de cultura da Globo - fato que lembrei a ela durante a gravação havida na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, sob a direção de Marco de Cardoso. 

E a próxima parada está fora do país. É preciso explicar as Relações Públicas Plenas por lá, porque RP no exterior, é sinônimo de assessoria de imprensa, "media relations". No Brasil, o estatuto acadêmico abrangente da área, que completa 60 anos (em 1954 foi fundada a nossa ABRP - base-mestra do Sistema Conferp-Conrerp), é muito mais complexo. Para se ter uma ideia da amplitude da visão de RP "no modo brasileiro", assessoria de imprensa é apenas um tática no universo de oito estratégias e dezesseis táticas que se desdobram a partir dos 4 Rs originais de minha nova tese. E lá vou eu, "vender o nosso peixe".

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